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United Airlines afunda em bolsa após fortes críticas nas redes sociais
A companhia aérea norte-americana expulsou um passageiro de um voo por sobrelotação. O vídeo foi publicado nas redes sociais e a empresa está a ser alvo de fortes críticas.
Chegou aos mercados financeiros o impacto da polémica que está a afectar a United Continental Airlines.
As acções da companhia aérea norte-americana registaram uma queda de 6,3% na pré-abertura de Wall Street, com os investidores a temerem que empresa perca clientes na sequência da polémica com a expulsão de um passageiro.
United Airlines falls after social media backlash goes global https://t.co/PgeYRALbfA pic.twitter.com/PbthX2zTKs
— Bloomberg (@business) 11 de abril de 2017
O caso aconteceu no domingo à noite, num voo entre Chicago e Louisville, no Kentucky. Com o voo lotado, a companhia aérea solicitou a quatro passageiros que se voluntariassem para (mediante uma compensação) sair do avião. Perante a ausência de voluntários, a United seguiu os procedimentos da companhia aérea e sorteou quatro passageiros que seriam as "vítimas" do facto de as reservas da empresa terem deixado o avião sobrelotado.
Contudo, um dos passageiros recusou abandonar o avião, tendo sido forçado a tal pelas autoridades policiais do aeroporto de Chicago. Foi a forma como este passageiro foi expulso do avião que gerou indignação nas redes sociais, já que este foi arrastado pelo corredor do avião, de mãos atadas, a sangrar da boca e com óculos partidos.
Durante o dia de segunda-feira o assunto foi um dos mais comentados nas redes sociais, com forte impacto também na Ásia, já que o passageiro em causa aparenta ser desta região do globo.
RT @Tyler_Bridges: @united @FoxNews @CNN not a good way to treat a Doctor trying to get to work bc they overbooked pic.twitter.com/nn9MOkQN2P
— Sally's Mom (@janene1102) 10 de abril de 2017
A Bloomberg relata que estes episódios são cada vez mais frequentes, pois as companhias áreas têm o hábito de vender mais bilhetes do que os lugares disponíveis ("overbooking"), dado que muitos passageiros acabam por não comparecer.
Não foi o caso deste voo, o que gerou este episódio e obrigou já o CEO da empresa a efectuar um pedido público de desculpas. Contudo, numa nota interna enviada aos colaboradores, Oscar Muñoz acusou o passageiro em causa de ser "disruptivo", beligerante" e ter "desafiado" as autoridades.
Já o Departamento de Aviação de Chicago lamentou o sucedido e já afastou um dos polícias envolvidos na expulsão do passageiro em causa.