O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) lamentou esta quinta-feira, em conferência de imprensa, "ter sido obrigado pelo governo e pela TAP a chegar à greve".

Helder Santinho, director do sindicato, recordou os fundamentos da paralisação, explicando que a greve marcada para 10 dias se mantém porque na reunião com a administração da TAP não foram dadas as contrapartidas suficientes.

Santinho disse que existe sempre a possibilidade de a duração da greve dos pilotos ser encurtada, mas frisou que " a decisão está na mão do governo e da TAP".

O director do SPAC disse ainda aos jornalistas que os pilotos "fizeram concessões significativas" nesta negociação. "Pusemos vários cenários alternativos às exigências", nomeadamente uma forma de equilibrar o pagamento de diuturnidades com outras condições salariais.

O responsável disse ainda esperar que a greve dos pilotos tenha uma adesão elevada, em torno dos 90%. "Os pilotos são uma classe muito unida, sabem assumir as responsabilidades. Apesar de terem opiniões próprias, por norma a acção é colectiva", sublinhou.

Sobre o continuar das negociações, Hélder Santinho disse que o SPAC "está sempre disponível".

Para os pilotos, se no final dos dez dias de greve as suas reivindicações continuarem a não ser atendidas, "a nossa luta continuará ", garantiu. 

Depois do fim da conferência do responsável do SPAC e de Pires de Lima, houve novas conversas telefónicas, mas estas até agora não permitiram que houvesse qualquer mudança na posição do sindicato.

O ministro da Economia avisou sobre os "efeitos muito negativos na sustentabilidade económica e financeira da TAP, tal como a conhecemos hoje".

(notícia actualizada às 21h31 com novas conversações após as conferências de imprensa)