O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou esta quarta-feira no Parlamento que o plano de reestruturação da TAP previa que até outubro de 2022 a companhia aérea atingisse os 9,8 milhões de passageiros e "estamos com 11,5 milhões".

Pedro Nuno Santos garantiu assim que "a TAP não está a perder passageiros, está a ganhar passageiros". "Está praticamente no nível de 2019", disse.

"Surpreenderemos o país na execução bem sucedida e antecipada das metas do plano de reestruturação", frisou o governante, reconhecendo que "vamos tendo pedras pelo caminho".

"Eu ponho fichas em que a TAP vai conseguir ter resultado liquido antes de 2025", disse.

O ministro garantiu ainda que a TAP "está a recuperar mais rápido do que concorrentes", como o grupo IAG (que tem a British Airways e Iberia), Air-France-KLM e Lufthansa, "na capacidade transportada, nas receitas por passageiro e nos passageiros transportados".

Os resultados operacionais, disse, subiram 214% nos primeiros nove meses de 2022 comparando com o mesmo período de 2019, quando noutras companhias os resultados operacionais estão a cair, lembrando que "a situação da TAP já era má em 2019".

Pedro Nuno Santos lembrou que a companhia aérea, devido à pandemia, "era uma empresa que estava no chão", mas acrescentou que agora "está a cumprir o plano reestruturação com resultados".

O ministro reconheceu que há um conflito laboral mas recordou que "temos trabalhadores com cortes significativos que decorrem dos acordos de emergência"

"Estamos a cumprir", disse, acrescentando que "se anteciparmos resultados quer dizer que plano foi um sucesso".

Questionado sobre uma possível devolução dos 3,2 mil milhões de euros de dinheiro público que recebeu, Pedro Nuno Santos afirmou que "a  TAP devolve dinheiro aos portugueses todos os dias". "A TAP vai dar à economia nacional muito mais que os 3,2 mil milhões", disse.

Questionado sobre a privatização da companhia, Pedro Nuno Santos disse que da parte do Governo não houve até agora conversas com potenciais compradores.

Já sobre se tem havido esses contactos por alguém mandatado pelo Governo, frisou que "há uma intenção da parte do Governo de abrir o capital da empresa e essa intenção já foi sinalizada ao mercado".

(Atualizada com mais informações)