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Pedro Nuno Santos: “350 milhões não resolvem problema da TAP”

O ministro das Infraestruturas desafiou no Parlamento o acionista privado da TAP a dizer "a verdade toda sobre quanto é que acha que a TAP precisa até ao final do ano”.

Lusa
29 de Abril de 2020 às 12:10
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O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirmou esta quarta-feira no Parlamento que "350 milhões de euros não resolvem o problema da TAP", referindo-se ao empréstimo que a companhia aérea pretende obter com garantia do Estado.

Pedro Nuno Santos desafiou ainda o acionista privado da transportadora, a Atlantic Gateway, a avançar com as reais necessidades. "O privado que diga lá a verdade toda sobre quanto é que acha que a TAP precisa até ao final do ano", afirmou.

"Com 800 milhões de euros de dívida, com a atividade toda parada, sem perspetiva de recuperação, diz-me que o empréstimo de 350 milhões garantido pelo povo português vai resolver o problema da empresa?", questionou, em resposta a questões colocadas pelo deputado do CDS João Gonçalves Pereira.

Para Pedro Nuno Santos estão em causa 350 milhões a somar aos 800 milhões e "quem se vai atravessar é o povo português". É que, frisou, "se a empresa não puder pagar o empréstimo é o povo português que paga". "Uma garantia pública é dinheiro público", frisou.

"Se é o povo português que paga é bom que seja o povo português a mandar", disse, referindo que "a partir deste momento a conversa com a comissão executiva tem de ser feita fora do quadro do acordo parassocial, pelo Estado soberano".

Pedro Nuno Santos disse que "o Estado está a avaliar a proposta do privado entre várias alternativas e não excluímos nenhuma".

"Se o privado está disponível para meter [dinheiro na TAP], cada um faz a sua parte. Se acontecer, nem precisamos de perder mais tempo. Mas se for o Estado meter lá dinheiro e o privado não acompanha, o Estado fica com a maioria do capital", afirmou, acusando a atual gestão de já ter dado mostras que "nesta altura nem tínhamos empresa nem aviões". "Faço uma apreciação negativa dos resultados que a TAP tinha antes da covid-19", frisou, acrescentando que antes da pandemia "a empresa não estava bem".

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