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Pedro Nuno Santos: "A música agora é outra na TAP"
O ministro das Infraestruturas garante que qualquer intervenção na TAP implicará que o Estado "acompanhe todas as decisões que são tomadas com impacto na vida da empresa". Disse ainda que "a TAP sem intervenção pública não tem qualquer possibilidade de sobreviver”.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou esta quarta-feira no Parlamento que desde o primeiro momento em que Estado intervenha na TAP terá consequências.
"Qualquer intervenção do Estado na TAP implicará que o Estado acompanhe todas as decisões que são tomadas com impacto na vida da empresa", afirmou o responsável na Comissão de Economia Inovação, Obras Públicas e Habitação. "A música agora é outra na TAP", disse, deixando claro que o Estado pretende vir a ter um papel na comissão executiva, que atualmente integra apenas elementos ligados ao acionista privado Atlantic Gateway.
"É bom que estejamos conscientes que a missão é salvar a TAP e não nenhum acionista em particular", disse Pedro Nuno santos.
"Estamos interessados que parceiros nos acompanhem na intervenção na empresa. Se não acompanharem, o Estado não deixará cair a empresa. Mas isso terá consequências na relação societária", frisou, acrescentando que "terá consequências no momento zero em que decidirmos intervir".
O ministro garantiu que "em nenhum momento se equacionou a possibilidade de deixar cair a TAP, que ela se extinga ou corra risco de desaparacer".
Segundo disse, "o Estado está a acompanhar a situação tremendamente difícil da TAP e a estudar diferentes alternativas de intervenção" e a "discutir o seu futuro de acordo com interesse nacional, e não de qualquer interesse particular".
Sobre as propostas apresentadas pela comissão executiva da companhia, Pedro Nuno Santos disse que as diferentes alternativas estão a ser estudadas,sendo certo que será uma "intervenção de elevadíssima dimensão".
"A TAP sem intervenção pública não tem qualquer possibilidade de sobreviver", disse.