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NAV prevê retoma de 50% dos voos em Lisboa em agosto

O presidente da empresa de navegação aérea disse no Parlamento que o tráfego em Lisboa é hoje de 38% do que era em 2019, mas acredita que a retoma comece a acontecer. O novo sistema de aproximação, que estava previsto implementar em abril, "não é agora prioridade".

Bloomberg
16 de Julho de 2020 às 15:39
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O presidente da NAV Portugal, Manuel Teixeira Rolo, disse esta quinta-feira, no Parlamento, que o aeroporto de Lisboa está hoje com 38% do tráfego que tinha em 2019, salientando que "a perspetiva é que em agosto se aproxime dos 50% e que a retoma comece a acontecer".

"Face a 2019 estamos muito longe do que Lisboa estava a ter em 2018 e 2019", afirmou o responsável numa audição na comissão de Ambiente, Energia e Ordenamento do Território sobre o projeto de construção do aeroporto do Montijo e a expansão do Humberto Delgado.

Manuel Teixeira Rolo salientou que nos últimos anos Portugal cresceu 41%, quando o que era esperado eram 7% e frisou que a NAV necessita de mais controladores de tráfego aéreo, já que muitos atingiram o limite de idade de 58 anos e a empresa não pôde recrutar. 

Esse esforço, disse, será feito agora, adiantando o responsável que serão formados 24 controladores por ano "o que vai permitir dar resposta à procura nos próximos dois anos".

Relativamente ao projeto de expansão do aeroporto Humberto Delgado, Manuel Teixeira Rolo frisou que a covid-19 perturbou os planos que a NAV tinha em curso, explicando que o sistema de aproximação "point merge system" que ia ser implementado em abril e que faria com que as aproximações de aviões a Lisboa fossem mais flexíveis e mais rápidas "foi afetado". "Foi deferido para mais tarde", afirmou considerando que se hoje Lisboa está com 38% do tráfego que tinha em 2019, não é prioridade".

Manuel Teixeira Rolo disse ainda que a NAV está à espera de certificação para pista 0.3, que é a pista mais usada em Lisboa, desde 2018. "Estamos a aguardar que ANAC certifique esse procedimento".

"Tudo estava configurado para que a breve trecho, em 2022, pudessemos ter assegurados 48 movimentos em Lisboa e 24 no Montijo, se tivesse avançado com celeridade. Se os dois aeroportos coabitarem, em 2030, ou mais cedo, teremos 72 movimentos hora na região de Lisboa", afirmou, salientando que agora "não sabemos como a realidade da aviação se vai comportar nos próximos tempos".

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