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Governo e TAP "insultam a inteligência dos pilotos"

O sindicato dos pilotos respondeu a uma mensagem do presidente da TAP em que este avisa para os riscos de uma greve. A direcção do SPAC diz que o comunicado "visa confundir e iludir os pilotos".

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Abril de 2015 às 12:20
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A marcação de uma eventual greve por parte dos pilotos da TAP está a ser antecedida por uma guerra de comunicados. Depois do presidente da TAP, Fernando Pinto, ter enviado no final do dia de terça-feira, 14 de Abril, uma mensagem aos trabalhadores, onde acusa o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) de "uma incompreensível quebra dos compromissos assumidos", os pilotos reagiram esta quinta-feira, dia 15. A direcção do sindicato responde, considerando que "o Governo e a TAP insultam a inteligência dos pilotos". Para hoje está marcado um plenário dos associados do SPAC onde será avaliado o recurso à greve.

 

O desentendimento entre as partes gravita à volta do Acordo de Empresa (AE). A TAP diz que "cumpriu rigorosamente a sua parte do compromisso assumido", enquanto o SPAC argumenta o oposto. O ponto principal de divergência tem a ver com a recuperação do aumento anual do vencimento de senioridade, que foi suspenso entre 2011 e 2015, no âmbito das políticas de austeridade adoptadas nos orçamentos de Estado desse ano. A TAP diz que este ponto "nunca fora apresentado nas negociações e só apareceu no último documento recebido a 9 de Abril", enquanto o SPAC sustenta que o Governo "concordou expressamente com esta reposição no processo negocial".

 

Quanto à mensagem de Fernando Pinto, o SPAC diz que "visa confundir e iludir os pilotos sobre o que está verdadeiramente em causa e imputar-lhe, de um modo absurdo, a responsabilidade pelas consequências de actos praticados pela administração da empresa". "Os pilotos não aceitam suportar perdas irrecuperáveis que revertem directamente para o enriquecimento dos eventuais investidores, para a atribuição dos prémios aos gestores ou para o financiamento parcial dos ruinosos erros de gestão que têm sido cometidos com impunidade ao longo dos últimos anos".

Para o SPAC o cenário é simples: ou o Governo e a TAP cumprem todos os acordos ou, caso contrário, "as consequências serão severas".

 

A privatização de 66% do capital da TAP está em curso, tendo o Governo fixado o dia 15 de Maio como a data-limite para os candidatos apresentarem as suas propostas.

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