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Fernando Pinto: Estado pode participar com capital se companhia precisar

"O accionista Estado pode também participar com capital se a empresa necessitar, o que antes não podia por força de todas as regulamentações de Bruxelas", declarou Fernando Pinto, o presidente executivo da TAP.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Junho de 2017 às 22:07
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O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, afirmou esta sexta-feira, 30 de Junho, que o accionista Estado "pode também participar com capital" se a operadora aérea vier a necessitar, o que antes não acontecia.

 

"O que é muito importante é que hoje o accionista Estado pode também participar com capital se a empresa necessitar, o que antes não podia por força de todas as regulamentações de Bruxelas. As normas europeias não permitiam qualquer aumento de capital", afirmou aos jornalistas Fernando Pinto, no final da assembleia-geral do grupo TAP.

 

Actualmente, "com a estrutura accionista" - Estado com 50% e privados da Atlantic Gateway com 45% - "temos toda a condição de acesso a capital, quando necessário", acrescentou o gestor.

 

Os três pontos na ordem de trabalhos da assembleia-geral da TAP - alteração dos estatutos; eleição dos membros do conselho de administração, órgão que passa a ser presidido por Miguel Frasquilho, e a conversão de parte das acções ordinárias em acções de categoria A e B - foram aprovados por unanimidade, contando com uma participação 95,1404% do capital.

 

A reunião magna dos accionistas, que começou uma hora atrasada e demorou outro tanto para que os todos os pontos fossem aprovados, contou pela primeira vez com os trabalhadores enquanto detentores do capital da empresa (5%). David Paes, presidente do SPAC - Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, disse aos jornalistas que o "conjunto dos pilotos" comprou "3% da TAP", ou seja, mais de metade das acções que estavam disponíveis para os trabalhadores da companhia aérea portuguesa.

 
Estado accionista mais sensível aos problemas

Fernando Pinto sublinhou o facto de esta assembleia-geral contar com a participação dos próprios trabalhadores enquanto accionistas, o que considerou ser "o início de uma longa relação".

 

"A história da privatização da TAP já mostra um grande sucesso", afirmou o presidente executivo, salientando que a gestão da empresa é com os privados, e o Governo "tem algo a dizer nos aspectos estratégicos".

 

Para Fernando Pinto, não existe "nenhuma preocupação" com o facto de o Estado ser o maior accionista. "Acho que foi um bom acordo" entre privados e Estado, considerou.

 

Relativamente à falta de funcionários do SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e à questão do novo aeroporto, o gestor disse contar com o apoio do Estado para resolver esta situação: "Esse é o lado importante do accionista Estado, vai poder sentir também as nossas dificuldades".

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