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Companhias aéreas do Reino Unido processam governo devido à quarentena

A British Airways, Ryanair e Easyjet decidiram avançar para a justiça para contestar a quarentena imposta pelo governo aos viajantes.

Reuters
12 de Junho de 2020 às 11:05
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Dando cumprimento ao que haviam ameaçado no início da semana, as maiores companhias aéreas a operar no Reino Unido avançaram para a justiça para contestar a quarentena imposta pelo governo aos viajantes que cheguem ao país.

O plano do governo "terá um efeito devastador no turismo britânico e na economia em geral e destruirá milhares de empregos", disseram a British Airways, Ryanair e Easyjet esta sexta-feira num comunicado citado pela Bloomberg.

Em causa está a quarentena obrigatória de 14 dias para todos os viajantes que cheguem ao Reino Unido, e que entrou em vigor esta segunda-feira.

As companhias aéreas querem que o Executivo de Boris Johnson reverta o plano e volte às regras que estavam em vigor desde 10 de março, que exigiam quarentena apenas aos viajantes de países de "alto risco".

Segundo as transportadoras, as novas regras são mais rígidas para os viajantes do que para as pessoas que foram confirmadas com a covid-19, e que o plano do governo não está devidamente apoiado por pareceres científicos.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo previu na terça-feira que as transportadoras perderão 84 mil milhões de dólares este ano e quase 16 mil milhões em 2021, a sua primeira estimativa do impacto nos lucros desde o início da crise do coronavírus. Estes valores comparam com 31 mil milhões de dólares durante a recessão de 2008-2009.

Com os níveis de infeção a descer na maioria dos países europeus, os governos têm facilitado as restrições de viagens e as praias estão a reabrir na Grécia, Espanha e Portugal. Neste contexto, as companhias aéreas estão a tentar salvar a época de verão, quando dezenas de milhões de pessoas tiram férias.

Segundo a British Airways, a quarentena obrigatória vai impossibilitar os planos da companhia de retomar cerca de 40% dos seus voos em julho e forçá-la a perdas de 20 milhões de libras por dia.

Já o CEO da Ryanair, Michael O’Leary, avisou na segunda-feira que a quarentena vai afastar os viajantes do Reino Unido, pondo em risco toda a indústria do turismo.

Da mesma forma, o CEO do aeroporto de Heathrow alertou que a medida deverá obrigar ao corte de um terço dos cerca de 7 mil funcionários da empresa.

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