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Branson quer pôr-nos a voar entre Londres e Nova Iorque em menos de três horas e meia

O fundador da Virgin, Richard Branson, está entre os potenciais clientes da Boom, a empresa por detrás do avião supersónico que promete viagens de longa distância mais curtas e eficientes. O primeiro voo de teste está previsto para o final do próximo ano.

28 de Novembro de 2016 às 11:30
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Agarre-se numa forma aerodinâmica, junte-se-lhe motores potentes e eficientes e a tecnologia dos materiais leves e… "boom": está aí o avião que promete revolucionar a aviação empresarial.

 

Richard Branson, o fundador do grupo Virgin, é um dos parceiros e está entre os potenciais clientes do aparelho desenvolvido pela Boom, o XB-1. Baptizado de "Baby Boom", a aeronave a jacto, construída com materiais compósitos, deverá viajar a Mach 2.2 (2,2 vezes a velocidade do som), quase três vezes mais rápido que a generalidade dos aviões que hoje fazem ligações de longo curso.

 

Cada um dos 45 passageiros que a aeronave comporta pagará 2.500 dólares por viagem em cada sentido (2.340 euros à cotação actual), ganhando em troca uma poupança de mais de metade do tempo de deslocação graças à velocidade, superior por exemplo à do Concorde, o avião franco-britânico que viajava a duas vezes a velocidade do som.

 

A empresa que desenvolve o XB-1, a Boom – liderada por Blake Scholl, um empreendedor que passou pela Amazon e Groupon - , argumenta que apesar de a tecnologia de voo supersónica existir há 50 anos, não tem sido eficiente para viagens frequentes.

E é assim que nasce o "avião mais rápido da história da aviação civil", que terá um alcance de 17.668 quilómetros (com o "pormenor" de uma paragem técnica pelo meio), e será impulsionado por três motores General Electric J85-21 alimentados por mais de 2.500 litros de combustível alojados em 11 tanques.

 

O aparelho está a ser desenvolvido nos EUA, no hangar 14 do Centennial Airport, em Englewood, Colorado, e o primeiro voo está planeado para o final de 2017, de acordo com dados no site da empresa.

  

A parceria com a Virgin Galactic – a empresa de Branson que quer ser a primeira a oferecer voos comerciais espaciais – está avaliada em cerca de 1,87 mil milhões de euros e compreende uma opção de compra de dez aparelhos caso o projecto chegue a bom porto, passados todos os testes e iniciada a produção comercial.

 

Os voos subsónicos (realizados abaixo da velocidade do som) vão ser realizados a partir do final do ano que vem a leste da área de Denver enquanto as proximidades da base aérea de Edwards, na Califórnia do Sul, receberão os testes de voo supersónico em parceria com a Virgin Galactic.

 

As membros da equipa de desenvolvimento do aparelho acumularam experiência em empresas como, além da Virgin, Amazon e Groupon, a Spacex de Elon Musk (o fundador da Tesla), a Lockheed Martin, a Boeing, a NASA, a Gulfstream e a Pratt&Whitney.

(Notícia corrigida às 12:25, por se ter indicado que as empresas acimas são parceiras do projecto, quando são companhias em que os membros da equipa de desenvolvimento acumularam experiência)

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