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Boeing pode eliminar oito mil postos de trabalho
O valor admitido esta quinta-feira por fontes da empresa é o dobro do que as agências tinham avançado no dia anterior. O corte pode levar à redução das despesas em mil milhões de dólares (880 milhões de euros).
A empresa fabricante de aeronaves Boeing pode vir a eliminar até oito mil postos de trabalho na sua divisão de aviação comercial. O número, admitido à Reuters esta quinta-feira 31 de Março por fontes da empresa, é o dobro do que tinha sido avançado pelas agências noticiosas no dia anterior – de cerca de quatro mil.
Uma redução desta dimensão representaria 10% da força laboral nesta divisão e significaria poupanças de mil milhões de dólares (880 milhões de euros).
No entanto, oficialmente, a empresa apenas reconhece o fim de quatro mil postos de trabalho a que acrescem 550 em funções laboratoriais e de ensaios de voo. Uma transformação a operar até ao final do primeiro semestre.
"Não há uma meta de redução de empregos. (…) Quanto melhor consigamos controlar os custos, menor será o impacto no emprego", disse à Reuters o porta-voz do fabricante Doug Alder, que considerou ainda "hipotético" o cenário de redução de oito mil empregos.
Na quarta-feira a Bloomberg, citando um outro porta-voz, Marc Birtel, referia que 1.600 trabalhadores deveriam sair via rescisões amigáveis, enquanto os restantes 2.400 correspondem a vagas que, uma vez abertas por saídas ou aposentações, não voltarão a ser ocupadas.
Além da força laboral, a empresa olha também, sob a vigência do novo CEO Dennis Muilenburg, para a renegociação de contratos com fornecedores e a redução de gastos com viagens e de "stocks" para garantir mais poupanças.
Os títulos da Boeing fecharam a sessão desta quarta-feira em queda de 1,76% para 128,57 dólares por acção em Nova Iorque.