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Boeing faz provisão de 4,3 mil milhões de euros por ter 737 Max em terra
A construtora aeronáutica norte-americana anunciou que a provisão se destina a compensar o facto de ter os 737 Max em terra e de os custos de produção terem aumentado.
A Boeing anunciou esta quinta-feira, 18 de julho, que nas contas do seu segundo trimestre estará contabilizada uma provisão no valor de 4,9 mil milhões de dólares (4,36 mil milhões de euros) devido ao facto de a sua frota de aviões 737 Max continuar em terra.
Na semana passada, a construtora aeronáutica norte-americana avançou que no primeiro semestre deste ano entregou 230 aviões comerciais, o que corresponde a uma queda de 37% face ao mesmo período do ano passado. E tudo devido à crise provocada pelos acidentes do modelo 737 Max – responsáveis pelos recentes acidentes mortais na Indonésia e Etiópia.
As quedas desses aviões ensombraram a reputação da empresa sediada em Seattle e têm tido um impacto negativo também nas suas contas.
Assim, no próximo dia 24 de julho, quando a Boeing apresentar as suas contas do segundo trimestre, estará contabilizado o valor – já depois de impostos – de 4,9 mil milhões de dólares posto de lado para provisões destinadas a cobrir os custos de ter esta sua frota em terra.
Segundo a Boeing, este encargo "está ligado a uma estimativa de potenciais concessões e outras considerações a atribuir aos clientes por perturbações relacionadas com a paragem dos 737 Max e com os decorrentes atrasos na entrega destes modelos".
A construtora aeronáutica sublinhou que os custos estimados para a produção do seu principal avião de corredor único aumentaram em 1,7 mil milhões de dólares no segundo trimestre – isto devido aos maiores gastos, derivados da redução mais prolongada do que o esperado na sua taxa de produção de aeronaves.