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Boeing regista maior prejuízo de sempre num trimestre

A empresa norte-americana teve um prejuízo de 2,9 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2019.

24 de Julho de 2019 às 13:29
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A Boeing registou o maior prejuízo trimestral de sempre no segundo trimestre de 2019, segundo os dados divulgados esta quarta-feira, 24 de julho, pela empresa norte-americana. Os acidentes fatais ocorridos nos aviões 737 Max, que foram proibidos de voar em quase todas as jurisdições, penalizaram as contas da empresa.

A fabricante de aviões norte-americana teve um prejuízo de 2,9 mil milhões de dólares no segundo trimestre, o que, segundo a AFP, é o maior prejuízo de sempre. No segundo trimestre de 2018, a empresa tinha lucrado 2,2 mil milhões de dólares. A reação dos mercados na negociação prévia à abertura da sessão em Wall Strret foi ligeiramente negativa com as ações a perderem 0,7%. 

Apesar de ser o maior prejuízo de sempre, o montante até é melhor do que o previsto pelos analistas, de acordo com a MarketWatch, dado que se esperava um impacto ainda maior do fraco dinamismo do negócio de aviação comercial. A receita nesse segmento baixou 66% para os 4,72 mil milhões de dólares uma vez que as entregas de aviões caíram 54% para 90 aviões.
A compensar parcialmente esses prejuízos esteve o segmento da defesa. A receita de segurança e espaço da Boeing aumentou 8% para os 6,6 mil milhões de dólares no segundo trimestre.

Na apresentação dos resultados, o CEO da empresa, Dennis Muilenburg, descreveu este momento como "decisivo" para a empresa norte-americana. "Mantemos o nosso foco nos valores de segurança, qualidade e integridade em tudo o que fazemos enquanto estamos a trabalhar para o regresso em segurança ao serviço dos aviões 737 MAX", afirmou Muilenburg.

Neste trimestre foi contabilizada uma provisão de 4,9 mil milhões de dólares (4,36 mil milhões de euros) devido ao facto de a sua frota de aviões 737 Max continuar em terra.

Segundo a Bloomberg, as ações da Boeing estão 12% abaixo da cotação de 10 de março, dia em que aconteceu o acidente fatal da Ethiopian Airlines com o 737 Max 8 - esta é a maior desvalorização de uma cotada do Dow Jones durante esse período. Foi este acidente que captou a atenção dos reguladores em várias partes do mundo, tendo ficado proibido o uso desse avião. Contudo, no final de 2018 já tinha acontecido um outro acidente fatal na Indonésia.

Além dos problemas com o 737 Max, a Boeing também teve um precalço no novo modelo 777X por causa de problemas com o motor da General Electric. O primeiro voo desse modelo foi adiado para o início de 2020. As entregas também foram adiadas.
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