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Autarcas "não baixarão a guarda" em defesa do aeroporto do Porto

O Conselho Metropolitano do Porto promete manter a luta para que o aeroporto Sá Carneiro se afirme. Depois da administração da TAP, os autarcas vão reunir com a ANA e com o Governo sobre a suspensão de voos.

Reuters
07 de Março de 2016 às 16:27
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O presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) afirmou esta segunda-feira ter a "convicção que a TAP respeita o Porto" e prometeu que os autarcas "não baixarão a guarda" em defesa do aeroporto Francisco Sá Carneiro.

"Ficamos com essa convicção de que a TAP respeita o Porto e que quer continuar a trabalhar com o Porto, valorizando o aeroporto", afirmou Hermínio Loureiro, no final de uma reunião de cerca de duas horas com a administração da transportadora aérea nacional.

A reunião foi pedida pelos autarcas da Área Metropolitana do Porto (AMP), no final de Janeiro, tendo por objectivo abordar a suspensão de quatro rotas de médio curso (Europa) de e para o aeroporto do Porto, a partir do dia 27.


Segundo Hermínio Loureiro, o CmP chamou a atenção para a importância das quatro rotas que serão suspensas, tendo a TAP referido que "as decisões são semestrais e não definitivas" mas nada mais concreto do que isso.


"A luta dos autarcas não é por conveniências mas por convicções, e queremos que o aeroporto Francisco Sá Carneiro se afirme cada vez mais num contexto nacional, e para isso não baixaremos a guarda", sublinhou o presidente do CmP.


Adiantando que os dados fornecidos pela TAP serão agora analisados de forma mais minuciosa pelos autarcas da AMP, Hermínio Loureiro destacou que esta foi a primeira reunião de três que pretendem realizar para obter esclarecimentos relacionados com a TAP e com a estratégia para o aeroporto do Porto.


Para Hermínio Loureiro, este processo está "ainda a meio de um percurso", que inclui ainda reuniões com a ANA - Aeroportos de Portugal e o Governo.


"Iremos continuar a nossa luta pela defesa do aeroporto enquanto estrutura e plataforma extremamente importante para o país. Esta não é uma questão regional nem local, é nacional, e a TAP, enquanto empresa importante e estratégica para o nosso país, não pode permitir que o país tenha nesta matéria um país a duas velocidades", sublinhou.


Nesta reunião, a TAP vincou também a "importância estratégica da ligação e frequência" da ponte aérea Porto-Lisboa, com 18 voos diários, e "garantiu que os voos intercontinentais se vão manter". "Não vamos é baixar os braços e desistir, está no ADN dos autarcas lutar por aquilo em que acreditamos", concluiu Hermínio Loureiro.


O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, tem criticado a TAP, acusando-a de ter em curso uma estratégia para "destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro", com vista a construir em Lisboa "um novo aeroporto e uma nova ponte".

 

Também a Associação Comercial do Porto e a Associação Empresarial de Portugal criticam a estratégia da TAP.

A TAP alega que as rotas que serão suspensas no fim do mês são deficitárias, com prejuízos de oito milhões de euros.

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