Notícia
Apoios estatais às companhias aéreas devem ser "transparentes" e "monitorizados", defende easyJet
Questionado pela Lusa sobre a injeção de verbas públicas por parte do Estado português para garantir a liquidez da TAP, o CEO da easyJet reconheceu que não é um "fenómeno novo" e que "há muitas companhias europeias" nessa situação, mas considerou "inaceitável" que essas ajudas possam contribuir para promover a distorção do mercado.
15 de Junho de 2021 às 18:23
O presidente executivo da transportadora britânica easyJet defendeu hoje, em Faro, que as ajudas estatais às companhias aéreas devem ser "transparentes" e "monitorizadas" para evitar que sejam usadas para "lutar" por quotas de mercado.
"[O processo] precisa de ser monitorizado, transparente e [os fundos estatais] devem ser usados para algo que não distorça o mercado, porque, em última análise, isso é mau para os consumidores e para quem paga impostos", afirmou à Lusa Johan Lundgren, à margem da inauguração da base da companhia aérea britânica em Faro.
Questionado pela Lusa sobre a injeção de verbas públicas por parte do Estado português para garantir a liquidez da TAP, Lundgren reconheceu que não é um "fenómeno novo" e que "há muitas companhias europeias" nessa situação, mas considerou "inaceitável" que essas ajudas possam contribuir para promover a distorção do mercado.
"Quando algumas companhias decidem usar esses fundos para lutar por quotas de mercado, ou fazem algo que distorce o mercado, por terem fundos que antes não tinham disponíveis, isso é algo a que eu sou completamente contra", frisou.
Admitindo que todas as companhias tiveram, em algum momento, algum tipo de apoio, sublinhou que "os níveis são tremendamente diferentes", manifestando-se "preocupado" com a diferença de montantes atribuídos, que "não estão disponíveis para todos".
Sobre a sua expectativa para o setor aéreo após a pandemia de covid-19, o presidente da easyJet disse considerar que, comparando com crises anteriores, a diferença, desta vez, é que o foco será muito mais nos clientes e na sustentabilidade.
"Os clientes vão fazer escolhas mais conscientes relativamente às companhias aéreas em que viajam e que tipo de serviço representa o menor impacto no ambiente", referiu, sublinhando que a easyJet "foi a primeira companhia no mundo" a incorporar preocupações ambientais, no final de 2019.
Johan Lundgren notou que as pessoas estão "ansiosas" por poder voltar a viajar, dando como exemplo a grande procura por voos quando Portugal foi integrado na 'lista verde' do Reino Unido, o que levou a companhia a aumentar os lugares disponíveis.
"Quando Portugal foi integrado na lista verde pusemos 80 mil lugares adicionais em 24 horas e vendemos 45 mil nas primeiras cinco, seis horas", ilustrou.
Segundo Johan Lundgren, desde 1999, altura em que a easyJet começou a voar para Faro, a companhia já transportou mais de 20 milhões de passageiros para a capital algarvia.
A easyJet inaugurou hoje a sua nova base no aeroporto de Faro, numa cerimónia que contou com a presença dos ministros da Economia, Pedro Siza Vieira, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
A base é de caráter sazonal e estará em atividade entre março e outubro, tendo três aviões A320 alocados, que vão voar para 21 rotas, cinco das quais novas: Zurique (Suíça), Munique (Alemanha), Lille e Toulouse (França) e Luxemburgo.
Esta é a terceira base da easyJet em Portugal, depois de Lisboa, em 2012, e do Porto, em 2015.
"[O processo] precisa de ser monitorizado, transparente e [os fundos estatais] devem ser usados para algo que não distorça o mercado, porque, em última análise, isso é mau para os consumidores e para quem paga impostos", afirmou à Lusa Johan Lundgren, à margem da inauguração da base da companhia aérea britânica em Faro.
"Quando algumas companhias decidem usar esses fundos para lutar por quotas de mercado, ou fazem algo que distorce o mercado, por terem fundos que antes não tinham disponíveis, isso é algo a que eu sou completamente contra", frisou.
Admitindo que todas as companhias tiveram, em algum momento, algum tipo de apoio, sublinhou que "os níveis são tremendamente diferentes", manifestando-se "preocupado" com a diferença de montantes atribuídos, que "não estão disponíveis para todos".
Sobre a sua expectativa para o setor aéreo após a pandemia de covid-19, o presidente da easyJet disse considerar que, comparando com crises anteriores, a diferença, desta vez, é que o foco será muito mais nos clientes e na sustentabilidade.
"Os clientes vão fazer escolhas mais conscientes relativamente às companhias aéreas em que viajam e que tipo de serviço representa o menor impacto no ambiente", referiu, sublinhando que a easyJet "foi a primeira companhia no mundo" a incorporar preocupações ambientais, no final de 2019.
Johan Lundgren notou que as pessoas estão "ansiosas" por poder voltar a viajar, dando como exemplo a grande procura por voos quando Portugal foi integrado na 'lista verde' do Reino Unido, o que levou a companhia a aumentar os lugares disponíveis.
"Quando Portugal foi integrado na lista verde pusemos 80 mil lugares adicionais em 24 horas e vendemos 45 mil nas primeiras cinco, seis horas", ilustrou.
Segundo Johan Lundgren, desde 1999, altura em que a easyJet começou a voar para Faro, a companhia já transportou mais de 20 milhões de passageiros para a capital algarvia.
A easyJet inaugurou hoje a sua nova base no aeroporto de Faro, numa cerimónia que contou com a presença dos ministros da Economia, Pedro Siza Vieira, e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
A base é de caráter sazonal e estará em atividade entre março e outubro, tendo três aviões A320 alocados, que vão voar para 21 rotas, cinco das quais novas: Zurique (Suíça), Munique (Alemanha), Lille e Toulouse (França) e Luxemburgo.
Esta é a terceira base da easyJet em Portugal, depois de Lisboa, em 2012, e do Porto, em 2015.