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Acordo entre Estado e ANA prevê 100 milhões para a Força Aérea
Pedro Marques recusou no Parlamento alternativas ao Montijo, seja Alcochete ou Beja. No primeiro caso salientou que faria com que a capital perdesse 114 milhões de passageiros. Já Beja “seria enganar os alentejanos”.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse esta quarta-feira no Parlamento que do valor do investimento previsto no acordo assinado há cerca de um mês entre a ANA e o Estado para a expansão da capacidade aeroportuária da região de Lisboa estão contemplados 100 milhões de euros para a Força Aérea se adaptar.
No acordo tinha ficado definido que o investimento no aeroporto Humberto Delgado será de 650 milhões de euros, no Montijo de 520 milhões e que para acessibilidade e Força Aérea seriam 160 milhões. Na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas Pedro Marques concretizou assim que 100 milhões serão para a Força Aérea e 60 para as acessibilidades.
O ministro reafirmou aos deputados que nenhuma obra será feita no Montijo sem a declaração de impacte ambiental (DIA) e que no Humberto Delgado também as que necessitem de DIA só avançarão com esse procedimento cumprido.
Pedro Marques frisou que o acordo assinado com a ANA permite que sejam feitas obras como saídas de pista para ter aumento de capacidade em 2020.
Quanto a um eventual chumbo da Agência Portuguesa do Ambiente ao projeto do Montijo, Pedro Marques disse não acreditar nessa possibilidade, mas considerou que, se assim for, será um problema para o país.
No seu entender, a solução de construir um aeroporto de raiz no campo de tiro de Alcochete "além de não ter consenso político significa a perda de 114 milhões de passageiros nos anos de construção".
Pedro Marques apontou ainda um custo de 7 mil milhões de euros com esta solução, 4 mil milhões para construção da infraestrutura e outros 3 mil milhões para a alta velocidade e terceira travessia do Tejo.
"Não há formas de financiamento com investimento público nem com as taxas, além de que demoraria 10 anos", disse.
O governante recusou também a possibilidade de Beja, salientando que ficaria a mais de duas horas de transporte público de Lisboa, o que não acontece com nenhum aeroporto complementar, frisou. "Não enganemos os alentejanos",
O Montijo é assim, no seu entender, a "solução duradoura, eficiente, que reúne consenso político suficiente e serve adequadamente a realidade do país nas circunstâncias em que nos encontramos".