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Vodafone critica preços excessivos cobrados pela rede de fibra da Meo

Mário Vaz deixou várias críticas aos preços cobrados pela Meo pelo acesso à rede de fibra. O líder da Meo deixou o desafio: "Façam-nos uma oferta que nós aceitamos igual".

Bruno Simão/Negócios
29 de Setembro de 2016 às 20:25
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O acesso à rede de fibra da Meo continua a gerar críticas por parte dos concorrentes, nomeadamente da Vodafone, por causa dos preços pedidos pela operadora da PT Portugal.

 

Durante o congresso da APDC, que decorreu esta quinta-feira, 29 de Setembro, o presidente executivo da operadora, Mário Vaz, sublinhou que "a Vodafone tem respondido sempre", mas "há ali um problema de endereçamento das propostas".

 

"Penso que a oferta não é feita à Vodafone Portugal mas sim à Fundação Vodafone Portugal porque o nível de preços e exigência que é colocada à Vodafone na prática é um pedido de comparticipação e financiamento integral da rede da PT", disse, em tom de brincadeira.

 

Em resposta à provocação do CEO da Vodafone, o líder da Meo respondeu que "basicamente há uma capacidade de instalação de fibra que todos os operadores podem fazer. E nós temos a nossa rede".

 

Quanto às críticas dos preços excessivos, Paulo Neves sublinhou que da parte da PT "mantém-se a disponibilidade da oferta e esperamos que os concorrentes façam o mesmo. Aceitamos reciprocidade". E lançou o desafio: "Façam-nos uma oferta que nós aceitamos igual".

 

Mário Vaz pediu a palavra para relembrar que "onde a Vodafone tem rede é onde a PT também tem. "Por isso", continuou, "fazer uma oferta onde a PT está não faz nenhum sentido".

 

O presidente da Vodafone aproveitou para relembrar que esta questão "não é uma opinião da Vodafone. É a Comissão Europeia e o BEREC (conjunto que agrupa os reguladores europeus) que levantam muitas dívidas sobre esta decisão de não decisão", acrescentou. O gestor referia-se à decisão da Anacom de não impor regulação à rede de fibra da Meo nas zonas não concorrenciais.

 

"Tenho fé que até Novembro", período em que a Anacom  vai discutir o tema com Bruxelas, "se faça luz".

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