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Vodafone não exclui partilha de rede com outros operadores no futuro

Sobre o acordo de partilha de investimento com a PT, Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal, referiu que a análise de uma acção judicial não está excluída, mas sublinhou que “não está nada decidido”.

Bruno Simão
03 de Outubro de 2017 às 13:42
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O acordo de partilha de infraestrutura entre a Nos e Vodafone, anunciado na sexta-feira, vai permitir alargar a cobertura de fibra da operadora liderada por Mário Vaz a 4 milhões de casas "num futuro breve", comentou o presidente executivo da operadora, sem avançar com data concreta. Até porque, como explicou, a "execução do plano avança no próximo ano" e a "quantificação", incluindo do investimento, "depende do plano concreto", disse Mário Vaz durante um encontro com jornalistas esta segunda-feira, 3 de Outubro.

A parceria com a operadora liderada por Miguel Almeida prevê a partilha de 2,6 milhões de casas com fibra e de pelo menos 200 torres móveis por parte de cada empresa. Numa primeira fase, a maioria das antenas móveis serão da Vodafone Portugal, detalhou Mário Vaz.

Quanto à rede de fibra óptica, o plano prevê a partilha de rede existente mas também a construção de nova infraestrutura em zonas que também ainda estão a ser analisadas.

Questionado sobre a realização de parcerias semelhantes no futuro, Mário Vaz aproveitou para relembrar que a Vodafone "sempre esteve disponível" e "sempre fez acordos com outros operadores". E não exclui novas parcerias: "Se outro operador no futuro, quiser falar connosco, ouviremos", referiu.

O acordo assinado com a PT em 2014 é um dos exemplos das parcerias realizadas pela Vodafone. Este acordo previa a partilha de investimento de fibra óptica em 900 mil casas, 450 mil para cada uma das operadoras, até ao final de Novembro de 2015. Além disso, o negócio previa a aquisição de direitos de uso exclusivo, com a duração de 25 anos.

Quando a Meo anunciou que ia investir sozinha no alargamento da sua rede de 2,3 milhões para 5,3 milhões de lares até 2020, Mário Vaz mostrou, por diversas vezes, descontentamento e chegou a avançar que a Vodafone estava a estudar avançar para a via judicial. Isto porque no entendimento da Vodafone o acordo entre as duas operadoras continua a prever investimentos conjuntos. Uma visão que não é partilhada pela PT.

Sobre o ponto de situação deste processo, o presidente executivo da Vodafone voltou a sublinhar que as empresas têm leituras diferentes e que o recente acordo com a Nos não altera esta visão. "O nosso co-investimento agora é com a Nos", o que não impede "que a leitura [do acordo com a PT] passe a ter outro tipo de consequência" e queriam ser "ressarcidos" pela leitura que a PT fez sobre o assunto.

Mário Vaz adiantou ainda que "essa linha [da via judicial], não está abandonada", sublinhando, contudo, "que não está nada decidido. O nosso principal objectivo é a execução do acordo com a Nos", apontou.

Quanto à compra da Media Capital pela Altice, o líder da Vodafone Portugal voltou a defender que que o negócio "não pode ser aprovado" por considerar que terá impactos negativos "para o país e para a democracia".

Para Mário Vaz, a operação não pode obter luz verde nem com a implementação de remédios por parte dos reguladores: "Remediar com remédios é um não remédio. A operação é prejudicial para o país".

Caso a compra seja aprovada, Mário Vaz confessa que não sabe "muito bem" como vai "explicar isto ao accionista". Mas como no seu entender este negócio não pode ser aprovado, é um assunto que acredita que não terá de falar com a casa-mãe.

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