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Vodafone ameaça não ir ao leilão do 5G e retirar de Portugal centro de investigação

A Vodafone diz até à Reuters que pode repensar os investimentos previstos para Portugal.

Negócios 15 de Outubro de 2020 às 16:14
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A Vodafone admite que, dependendo das regras que vierem a ser determinadas para o leilão da quinta geração, poderá não ir a jogo.

Segundo declarou à Reuters a CEO para a Europa da Vodafone, face ao que considera poder configurar regras discriminatórias e ilegais pode não ir ao leilão, ameaçando mesmo repensar os investimento em Portugal.

"Há uma discriminação significativa e injustificada contra os operadores de longa data, como a Vodafone, e somos obrigados a reconsiderar todas as nossas opções em Portugal, incluindo licitar por menos espectro ou não licitar, se o leilão for tão defeituoso", disse Serpil Timuray em entrevista à Reuters.

Critica, e considera ilegal, as regras diferentes previstas no projeto de regulamento para os novos entrantes. 

"A reserva de espectro para novos entrantes vai criar uma escassez adicional para os actuais operadores, aumentar o custo de implementação e reduzir o apetite para investir", realçou.

A gestora lembrou o investimento de 1,6 mil milhões de euros em Portugal nos últimos seis anos da Vodafone, acrescentando mesmo que, "infelizmente, a Vodafone terá de reconsiderar os planos de estabelecer um centro pan-europeu de I&D em Portugal", com 400 especialistas para o desenvolvimento de serviços 5G e soluções digitais empresariais.

A Vodafone foi uma das empresas que apresentou reclamação junto da Comissão Europeia, considerando que estará em causa auxílios do Estado.

Depois destas declarações, fonte oficial da Nos acrescenta que "as regras do leilão, tal como as conhecemos, são absolutamente ilegais, inaceitáveis e desastrosas para o setor e para o País. Este regulamento compromete irremediavelmente a concorrência e o investimento no setor, e, consequentemente, a desejada transição digital das empresas, do setor público e da população, bem como a coesão territorial e social", por isso, assume, "se as regras não forem alteradas estaremos a condenar Portugal à irrelevância na futura economia digital, prejudicando, assim, de forma irreversível a competitividade das empresas e a evolução do nível de vida dos portugueses".

(notícia atualizada às 17h40 com a posição da Nos)

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