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Tráfego postal caiu 3% no primeiro semestre

Dados esta quinta-feira divulgados pela Anacom apontam que setor ainda sofre com a pandemia. Contudo, o regulador indica que processo de recuperação "do choque" provocado pela pandemia parece já ter sido iniciado.

Bloomberg
24 de Agosto de 2022 às 19:29
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Os efeitos da pandemia ainda se sentem no tráfego postal. Segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Anacom, este serviço diminuiu 3% no primeiro semestre de 2022 em comparação com o período homólogo, atingindo os 290,6 milhões de objetos.

"Estima-se que a pandemia tenha provocado uma diminuição de 8,0% do tráfego, impacto menos severo do que o ocorrido no 1.º semestre de 2021 (no qual se estimava uma diminuição de tráfego de 9,5% por efeito da covid-19)", refere o regulador das telecomunicações, apontando, contudo, que o tráfego postal parece já ter iniciado o processo de recuperação do choque provocado pela pandemia.

Também as receitas registaram uma queda de 0,8% face ao primeiro semestre de 2021, tendo totalizado 349,1 milhões de euros. Esta diminuição, aponta a Anacom, deveu-se à evolução das receitas de encomendas, que diminuíram 3,9%. Já as receitas de correspondências, de correio editorial e de publicidade endereçada aumentaram: 1,5%, 0,9% e 0,8%, respetivamente.


O tráfego de encomendas diminuiu 5,6% na primeira metade do ano, no contexto de regresso ao trabalho presencial, enquanto o tráfego internacional de entrada, que representava cerca de 5% do total de tráfego postal, diminuiu 24,9% em relação ao semestre homólogo. Um decréscimo que, explica a Anacom, foi "fortemente influenciado pelo fim da isenção do IVA nas compras extracomunitárias de baixo valor".

Nos primeiros seis meses do ano, as correspondências representaram a maior fatia do tráfego postal, 74,2%, enquanto o correio editorial e a publicidade endereçada representaram 7,2% e 7,4% respetivamente.

No total do tráfego, o peso das encomendas situou-se nos 11,3%, menos 0,3 pontos percentuais (p.p) do que no mesmo período em 2021. "Em termos de receitas, o peso relativo das encomendas foi de 41,4%, menos 1,3 p.p. do que no semestre homólogo", revela ainda a autoridade nacional de comunicações.

Já que no que diz respeito ao serviço universal, este representou 81,1% do tráfego e 52,5% das receitas. "O tráfego desceu 3,4%, enquanto o seu peso no total do tráfego diminuiu 0,3 p.p. em comparação com o primeiro semestre. As receitas do SU aumentaram 1,8% e o seu peso no total aumentou 1,3 p.p", esclarece a entidade.
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