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S&P melhora crédito corporativo da Oi mas mantém notação da dívida

A agência de notação financeira Standard & Poor’s elevou os ratings de crédito corporativo da operadora brasileira, mas manteve a classificação da dívida no último nível de "lixo".

Reuters
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 22 de Março de 2018 às 23:08

A S&P melhorou os ratings de crédito corporativo da Oi, de D para CCC+, na escala global, informou a agência e também a operadora de telecomunicações brasileira.

 

Com esta melhoria, em quatro "notches", a notação do crédito corporativo sai assim do último nível de lixo para um patamar em que já não está em situação de "default" iminente mas em que, ainda assim, continua a haver um elevado risco de cumprimento e a capacidade de pagamento depende de condições favoráveis e sustentáveis.

 
A justificar a decisão, a S&P refere a aprovação, pelo juiz encarregue do procesos, do plano de reorganização da Oi, "o que permite à empresa implementar gradualmente o plano e lhe permite cumprir as suas obrigações".

Por seu lado, a agência manteve todos os ratings de dívida da Oi com uma avaliação de D, ressaltando que a conclusão das operações de reestruturação das dívidas previstas no Plano de Recuperação Judicial ainda está sujeita a aprovações de outras jurisdições, o que pode levar vários meses.

 

O patamar D pressupõe um elevado risco de incumprimento e, perante a falta de capacidade integral de pagamento, há poucas perspectivas de recuperação do investimento ou dos juros.

 

A S&P sublinha também, no seu relatório, que a perspectiva ("outlook") para o crédito corporativo da Oi é positiva, "o que pode implicar em aumento adicional dos ratings de crédito corporativo nos próximos 12 meses se a Oi executar o Plano de Recuperação Judicial conforme o aprovado".

Para tal, ressalva, é também preciso que os riscos de recurso ou intervenção no referido plano "sejam minimizados".

A Oi - da qual a Pharol é accionista, com cerca de 27%, através da sua subsidiária Bratel - está neste processo de recuperação desde 2016, com o objectivo de reduzir o passivo da empresa, que ronda os 65,4 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros).


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