Os custos do serviço universal nas telecomunicações em 2010 e 2011 foram, respectivamente, de 24,66 milhões de euros e de 25,2 milhões de euros, de acordo com a deliberação divulgada pela Anacom e que resulta já de processos de auditoria para aferir esses custos.

A fixação destes custos serve para repartir esse valor pelos vários operadores, incluindo a própria PT, para que esta possa ser ressarcida pelos prejuízos que teve nesses dois anos com a prestação do serviço universal, que obriga a que todo o país tenha serviços de voz e dados de comunicações.

A PT foi até este ano a prestadora do serviço universal. Os custos da prestação desse serviço serão pagos por todo o sector, através do designado fundo de compensação. O pagamento é feito com base nas quotas de mercado, pelo que a PT será a maior contribuinte, nesses anos, para o fundo.

Este ano o serviço universal passa a ser prestado pela Zon Optimus, empresa que ganhou o concurso internacional. 

A Anacom já tinha aferido, anteriormente, os custos pelos anos entre 2007 e 2009 que totalizaram, nos três anos, 66,8 milhões de euros. 

Neste caso, com referência a 2010 e 2011, os valores desceram em cerca de meio milhão face à estimativa da PT inicial.

Os outros operadores, nomeadamente a Vodafone e a Zon Optimus, têm dito que não pagarão estes valores, já que a PT prestava o serviço universal devido a um acordo feito directamente, sem concurso público e considerado pelo Tribunal europeu ilegal.