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Operadores defendem modelo de co-investimento com Governo para o 5G
A Meo, a Nos e a Vodafone deixam o aviso de que são contra o roaming nacional. E defendem que o Governo devia apoiar a expansão da rede 5G às zonas de menor densidade populacional.
Os operadores de telecomunicações são contra a partilha de rede através da figura do roaming nacional. Uma medida sugerida pela Anacom para zonas de menor densidade populacional no âmbito do lançamento das licenças para o 5G.
"Nenhum de nós quer que que 5G fique confinado às grandes cidades", começou por explicar João Nascimento, administrador com o pelouro da tecnologia da Vodafone. Porém, "achamos que não podem ser só os operadores a resolver este problema. Também tem de ser Governo a resolver como é que vamos chegar à franja das populações com o 5G. Tem de se encontrar a melhor geometria para chegar lá". Como? "Seria através de modelos de co-investimento", respondeu.
Uma ideia apoiada pelos administradores da área técnica da Nos e da Altice Portugal que aproveitaram para dar o exemplo do Parque Peneda Gerês , onde a cobertura das redes de comunicações será realizada através de investimento conjunto.
Já Luis Alveirinho, da Altice Portugal, reforçou que são "contra o princípio do roaming nacional porque Portugal é um pais relativamente pequeno" e avançar com tal medida e "transportar para a rede nacional de forma indiscriminada cria questões que têm de ser mto bem avaliadas, como o impacto que tem nas nossas redes e o eventual colapso que podem ter".
Todos os operadores reforçaram ainda a posição que têm mantido até agora: Portugal está atrasado no 5G. Não tecnologicamente, mas a nível da atribuição das licenças para o espetro. "Qualquer um dos três operadores está pronto ao nível de tecnologia", garantiu Jorge Graça da Nos.