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Operadores acusam Anacom de não ter visão estratégica

Operadores defendem que um eventual 5G coxo não é problema para o sector, mas sim para o país.

21 de Novembro de 2019 às 19:51
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Os líderes dos três principais operadores de telecomunicações alertam que o problema criado em torno de um eventual 5G "coxo" não é do sector, mas sim do país. E esperam que a Anacom volte atrás e retire o espectro à Dense Air.

 

"É preciso garantir que não temos um 5G coxo", começou por dizer Miguel Almeida, presidente executivo da Nos. Uma queixa que se prende com o facto de, com as medidas propostas pela Anacom, os operadores poderem ficar com menos de 90 a 100 MHz de espectro no leilão para as licenças do 5G. O que, segundo os operadores, não permite ter a revolução móvel que é esperada com o 5G. A questão não é "tentarmos limitar a entrada de outros" operadores.

 

"O nosso receio está relacionado com a atribuição de 100 MHz a uma entidade chamada Dense Air que não tem receitas nem trabalhadores". Porém, sublinha Miguel Almeida, "há margem para alterar esta situação", tendo em conta que a Anacom pode voltar atrás nessa decisão. 

 

Uma posição partilhada pelos rivais, que aproveitaram para aplaudir o facto de o Governo, pela voz do secretário de Estado das Comunicações, assumir as suas responsabilidades neste processo, mais concretamente na elaboração da estratégia para o 5G.  

 

"O 5G é demasiado importante para ser deixado na roleta livre do regulador. E o que é preciso é anunciar rapidamente uma estratégia para o 5G", reforçou Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone Portugal.

 

Já Alexandre Fonseca foi mais longe e referiu que, na sua opinião, o regulador "não tem uma visão estratégica e não foi capaz de apresentar uma solução para o 5G". "O que fez foi comprar guerra com todos: operadores, fornecedores e até com o Governo" uma vez que não cumpriu algumas das suas decisões", segundo o líder da Meo.

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