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Oi pondera converter parte da dívida em acções
A operadora brasileira informou o mercado que as negociações com os credores estão “a evoluir” e aceitou a possibilidade da conversão de parte da dívida em acções.
A Oi, que está em recuperação judicial com uma dívida de 65,4 mil milhões de reais (19,3 mil milhões de euros), anunciou que está disposta a analisar a possibilidade proposta pelos credores de converter parte da dívida em acções.
A decisão foi tomada na reunião ordinária do conselho de administração que decorreu na quarta-feira, de acordo com um comunicado emitido esta quinta-feira, 2 de Fevereiro, ao regulador brasileiro (CVM).
A proposta de converter dívida em acções, entre outros cenários, foi apresentada pela La Place, assessor financeiro da operadora que tem a Pharol como maior accionista, com base "nos feedbacks de credores".
Nesse sentido, "o conselho [de administração] autorizou a Directoria da Oi a prosseguir com entendimentos junto aos credores, aprofundando alguns itens críticos, incluindo, dentre outros, a possibilidade de conversão de parte da dívida em acções (equity)",afirma a operadora no comunicado.
A Oi sublinha ainda que "as interacções com os credores estão evoluindo e reitera que continuará reunindo-se regularmente com seus credores, demais stakeholders e potenciais investidores, com vistas a reunir impressões, comentários e sugestões".
Os títulos da Pharol estão a valorizar 1,79% na sessão desta quinta-feira para 28 cêntimos, mas já somam 43,48% desde o início do ano.
Esta semana a Oi também informou o mercado que a Orascom, o fundo do milionário egípcio Naguib Sawiris, alargou o prazo da proposta para um plano alternativo de recuperação judicial da Oi até ao dia 28 de Fevereiro. A proposta inclui uma oferta pública de aquisição (OPA) de até 1,25 mil milhões de dólares, montante que seria destinado a investimentos na Oi.
Além destas propostas para viabilizar o plano de recuperação judicial,o maior da história do Brasil, a operadora também encerrou o braço-de-ferro com a Samba, que mantinha desde 2014. Com o acordo, a operadora brasileira fica com o caminho facilitado para vender os activos da Africatel, holding que herdou da PT.