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Oi nega ter recusado oferta de bilionário egípcio

A operadora de que a Pharol é accionista de referência admite ter debatido soluções alternativas para os obrigacionistas, mas diz que não houve qualquer decisão por parte da administração.

Nacho Doce/Reuters
04 de Fevereiro de 2017 às 16:37
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A telefónica brasileira Oi nega que o seu conselho de administração tenha recusado qualquer oferta pela empresa, nomeadamente a proposta do bilionário egípcio Naguib Sawiris, desmentindo notícias na imprensa brasileira nesse sentido.


"A Oi reitera que não houve decisão sobre qualquer proposta específica, inclusive sobre a proposta de investidor mencionada na notícia, nem tampouco houve aprovação de modificações ao plano de recuperação judicial apresentado pela Companhia em 05.09.2016," refere num comunicado enviado este sábado, 4 de Fevereiro, pela Pharol (accionista de referência da companhia) à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).


De acordo com a Globo, a administração teria recusado a oferta de 1.158 milhões de euros feita pelo empresário egípcio por ter sido "considerada aquém das necessidades da operadora" e por alguns accionistas não quererem ver o seu capital diluído com a entrada desse novo investidor.

A companhia reconhece que, na reunião da administração de quinta-feira passada, o assessor financeiro para a recuperação judicial da empresa, a Laplace Finanças, apresentou vários cenários de potenciais melhorias nas soluções a propor aos credores, que também são visadas nas notícias do Globo.

De acordo com o jornal, as soluções propostas passariam por colocar nas mãos dos credores entre 32% a 60% do capital, acordar com os bancos um prazo de 15 anos para que estes recebam o dinheiro que emprestaram à Oi – cinco anos até que o pagamento começasse a ser feito e mais dez anos ao longo dos quais a devolução seria concretizada de forma faseada. Por outro lado, a companhia esperaria pagar dividendos quando a relação entre o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) e a dívida líquida for superior a 1,5 vezes.

A Oi reconhece que a conversão de parte da dívida de 32,3 mil milhões de reais (9.600 milhões de euros) em capital é "uma possibilidade" e que os elementos citados pel’O Globo "podem ter origem no referido documento, embora não necessariamente na ordem ou correlação apresentados".


Por outro lado, a Laplace apresentou também, como um dos cenários, a possibilidade do pagamento de 50% da dívida em acções, mas a Oi nega que esses 50% sejam equivalentes a 5 mil milhões de reais (1.480 milhões de euros).


A divulgação destes "estudos (…) sem que tenha havido qualquer decisão do conselho de administração, atentaria contra os interesses dos accionistas, credores e demais stakeholders, e poderia induzi-los a erro," argumenta a companhia.

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