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Nos e Vodafone reclamam urgência na intervenção sobre Fibroglobal
Escândalo nacional foi como Filipa Carvalho, directora de regulação da Nos, apelidou ao que se passa com a Fibroglobal, empresa que detém uma rede rural que só serve a PT/Meo.
A Fibroglobal continua a servir apenas a PT/Meo. A rede rural, que teve apoios públicos, e que foi construída pela Visabeira, que a vendeu a um empresário que segundo o Público, tem ligações à Altice, continua a ser um tema em que os operadores concorrentes da Meo reclamam intervenção da Anacom.
Ainda mais premente, segundo Madalena Sutcliffe, directora de regulação da Vodafone, depois da decisão da Anacom de não obrigar a PT a abrir a rede de fibra óptica a outros operadores.
Filipa Carvalho disse, mesmo, que a situação é insustentável, apelando à intervenção urgente. "Escândalo nacional", disse mesmo, salientando que a DST Telecom, outra operadora de rede rural, tem os três operadores como clientes. A Fibroglobal só tem a Meo. A empresa de Picoas tem recusado qualquer intervenção na Fibroglobal, garantindo não ser sua proprietária.
No debate sobre regulação no 27.º Congresso das Comunicações, da APDC, o tema de acesso às infra-estruturas da Meo voltou a estar em cima da mesa, com os operadores alternativos Nos e Vodafone a aplaudirem a suspensão, por parte da Anacom, das ofertas de condutas e postes da PT, por ter considerado que piorava a situação que está em vigor.
Já Sónia Machado, da direcção de regulação da Meo, assegurou que a empresa incumbente tem vontade de cumprir e aproximar as ofertas àquilo que determina para si própria, mas diz que neste campo há temas a resolver, lembrando que é uma oferta de acesso e que nem as condutas nem os postes são co-propriedade dos operadores, pelo que os seus concorrentes também têm de respeitar regras.