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Lucro dos CTT cai 27% para 15 milhões até Março

Os resultados dos Correios foram impactados pelas perdas do contrato com a Altice e pelo impacto negativo nas contas “do período de crescimento do Banco CTT”.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Abril de 2017 às 17:01
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Os CTT fecharam o primeiro trimestre com lucro de 15 milhões de euros, um recuo de 27% face ao mesmo período do ano passado. O resultado, que exlcui os rendimentos e gastos não recorrentes, está em linha com as estimativas dos analistas, que previam uma queda do resultado líquido dos Correios, penalizada pela redução dos proveitos.

Incluindo os rendimentos e gastos recorrentes, o lucro cai 50% para 10,3 milhões de euros.

De Janeiro a Março deste ano, as receitas totais da empresa liderada por Francisco de Lacerda diminuíram 0,5% para 177 milhões de euros, de acordo com o comunicado emitido à CMVM esta sexta-feira, 28 de Abril.

Já o resultado antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA) também decresceu 20,2% para 28 milhões de euros.

A empresa justifica esta performance com a perda de receitas de 2,5 milhões de euros com o fim do contrato com a Altice (dona da Meo) em 2016 e com "o período de crescimento do Banco CTT ainda com impacto trimestral negativo nas contas consolidadas". Uma tendência que deverá decrescer a partir do terceiro trimestre deste ano, segundo a empresa.

Aliás, excluindo a parcela referente ao acordo com a Altice, os rendimentos operacionais do grupo registam um aumento de 0,9%, detalha a empresa.

Analisando os resultados por área de negócio, o peso de cada área não sofreu alterações, com o segmento de correio a representar 77% do total dos proveitos.

No entanto, a área de correios registou um decréscimo de 1,4% para 137 milhões de euros sobretudo devido à evolução do tráfego de correio endereçado que decresceu 3,7% nos primeiros três meses do ano.

Além disso, o aumento de preços do correio anunciado pela empresa de Francisco Lacerda só teve efeitos a partir de Abril, pelo que os números do primeiro trimestre não incorporam qualquer aumento de preços.

O tráfego do correio publicitário endereçado também seguiu a mesma trajectória, tendo caído 4,6% "devido sobretudo às antecipações e atrasos em campanhas dos grandes clientes que dificultam a comparação trimestral", destaca a empresa.

O segmento de expresso e encomendas também recuou 0,3% para 30 milhões de euros, ao passo que os serviços financeiros registaram uma melhoria de 5,3% para 17,4 milhões de euros. Os produtos de dívida pública foram os principais impulsionadores do desempenho dos CTT nesta área de negócio.

Já o Banco CTT, que abriu portas a 18 de Março de 2016, alcançou receitas de 1,1 milhões de euros no período em análise.

Passado um ano, o banco postal está presente em 203 lojas CTT, conta com 150 mil clientes e 114 mil contas de depósitos à ordem.

No quarto trimestre do ano passado o Banco CTT lançou produtos de crédito ao consumo, em parceria com o BNP Paribas. E segundo os dados divulgados esta sexta-feira durante os três primeiros meses deste ano colocou 14 mil cartões de crédito "com uma produção de crédito pessoal de mais de 7 milhões de euros, superior ao total realizado pelo Banco CTT em 2016"; sublinha a empresa.

Quanto à oferta de crédito habitação, lançada a 26 de Janeiro deste ano, a empresa detalha apenas que "as primeiras escrituras foram realizadas no passado dia 17 de Março.

(Notícia actualizada às 18:30 com mais informações)
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