Notícia
Isabel dos Santos afirma que Unitel deve dinheiro a uma das suas empresas
Isabel dos Santos negou esta segunda-feira ter recebido transferências injustificadas da Unitel, garantindo antes ser credora da operadora de telecomunicações que alegadamente não terá devolvido um empréstimo que obteve junto da acionista Vidatel Ltd., controlada pela empresária angolana.
27 de Julho de 2020 às 18:29
A Vidatel Ltd., que detém 25% da Unitel, rebate num comunicado a que a Lusa teve acesso, notícias que dão conta de que a filha do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, teria aproveitado a sua posição acionista na operadora para transferir, sem justificativos, fundos para as contas da Vidatel Ltd. em Portugal.
O dinheiro circularia depois através de contas das entidades Unitel Internacional Holding BV, Athol Limited e Sílaba Real Estate Limited, além das contas de Isabel dos Santos junto do BPI e do Eurobic.
Segundo a Vidatel, "não há nem nunca houve" transferências injustificadas da Unitel para a Vidatel Ltd ou para contas pessoais de Isabel dos Santos, pois as que foram feitas são relativas "a dividendos autorizados pela Assembleia Geral da Unitel e a salários, conforme estipulado em contratos de trabalho e de mandato".
Garante, por outro lado, que a Unitel SA "tem dívidas para com a Vidatel Ltd cuja existência se deve a razões unicamente imputáveis" à operadora de telecomunicações.
Em causa está a falta de reembolso, em 2016, do empréstimo que a Unitel obteve junto da Vidatel, uma dívida que "está devidamente registada nas contas auditadas da Unitel, certificadas por auditor externo, e reconhecidas e aprovadas pela Assembleia Geral dos acionistas durante vários anos".
A Vidatel acrescenta que "irá ao abrigo da Lei e do acordo parassocial celebrado entre os vários acionistas da Unitel, efetuar esta clarificação" junto da própria operadora.
A Unitel era, até janeiro deste ano, controlada por quatro acionistas, cada um dos quais com 25%: a PT Ventures (detida pela brasileira Oi), a petrolífera estatal Sonangol, a Vidatel (de Isabel dos Santos) e a Geni (do general Leopoldino "Dino" Fragoso do Nascimento).
A Sonangol procedeu, a 26 de janeiro à compra integral da PT Ventures, por mil milhões de dólares (900 milhões de euros) tornando-se a maior acionista da operadora angolana.
Em dezembro do ano passado Luanda, o tribunal de Luanda decretou o arresto preventivo de contas e participações sociais de Isabel dos Santos, do seu marido Sindika Dokolo, e do seu gestor Mário Filipe Moreira Leite da Silva, ex-presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento de Angola (BFA).
Entre as empresas que foram alvo de arresto das participações inclui-se a Unitel.
O dinheiro circularia depois através de contas das entidades Unitel Internacional Holding BV, Athol Limited e Sílaba Real Estate Limited, além das contas de Isabel dos Santos junto do BPI e do Eurobic.
Garante, por outro lado, que a Unitel SA "tem dívidas para com a Vidatel Ltd cuja existência se deve a razões unicamente imputáveis" à operadora de telecomunicações.
Em causa está a falta de reembolso, em 2016, do empréstimo que a Unitel obteve junto da Vidatel, uma dívida que "está devidamente registada nas contas auditadas da Unitel, certificadas por auditor externo, e reconhecidas e aprovadas pela Assembleia Geral dos acionistas durante vários anos".
A Vidatel acrescenta que "irá ao abrigo da Lei e do acordo parassocial celebrado entre os vários acionistas da Unitel, efetuar esta clarificação" junto da própria operadora.
A Unitel era, até janeiro deste ano, controlada por quatro acionistas, cada um dos quais com 25%: a PT Ventures (detida pela brasileira Oi), a petrolífera estatal Sonangol, a Vidatel (de Isabel dos Santos) e a Geni (do general Leopoldino "Dino" Fragoso do Nascimento).
A Sonangol procedeu, a 26 de janeiro à compra integral da PT Ventures, por mil milhões de dólares (900 milhões de euros) tornando-se a maior acionista da operadora angolana.
Em dezembro do ano passado Luanda, o tribunal de Luanda decretou o arresto preventivo de contas e participações sociais de Isabel dos Santos, do seu marido Sindika Dokolo, e do seu gestor Mário Filipe Moreira Leite da Silva, ex-presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento de Angola (BFA).
Entre as empresas que foram alvo de arresto das participações inclui-se a Unitel.