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HSBC reduz preço-alvo e recomendação da Portugal Telecom

Banco de investimento britânico considera que a PT tem somente uma probabilidade de 25% para recuperar dívida da Rio Forte. Este investimento vai ficar a pairar sobre uma possível venda da PT Portugal pela Oi, obrigando a operadora brasileira a reduzir o preço.

13 de Outubro de 2014 às 11:24
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O HSBC reviu em baixa a sua análise sobre a operadora de telecomunicações nacional. O banco de investimento britânico reduziu a recomendação de compra da PT de "neutral" para "underweight" esta segunda-feira, 13 de Outubro, numa nota citada pela Bloomberg.

 

O preço-alvo também foi revisto em baixa, caindo 34% para 1,25 euros. A PT está agora com um potencial de desvalorização de 8,75% face à cotação actual de 1,37 euros. 

 

Na nota, a HSBC considera que a insolvência do Espírito Santo Financial Group (ESFG) vai dificultar a recuperação do papel comercial da Rio Forte investido pela PT. A operadora portuguesa tem assim somente uma probabilidade de 25% para recuperar esta dívida, considera.

 

Esta dívida vai ficar a pairar sobre uma possível venda da PT Portugal pela Oi. A casa de análise considera assim que Oi irá encaixar menos dinheiro por esta operação se decidir avançar para o negócio.

 

Já em relação à Oi, o HSBC mantêm a recomendação de "neutral" sobre a operadora e desce o seu preço alvo de dois reais para 1,40 reais, com um potencial de valorização de 5,26% face ao valor actual (1,33 reais).

 

"Acreditamos que os recentes desenvolvimentos tornam a venda de operações portuguesas mais provável, a insolvência [da ESFG] significa que a Oi irá receber menos dinheiro por um hipotéctico comprador não vai aceitar a dívida da Rioforte ou vai valorizá-los com um grande desconto" face ao seu valor inicial, escreve o HSBC.

 

A operadora brasileira está agora sob pressão no mercado brasileiro pelo momento de consolidação que este atravessa. O HSBC considera que a Oi terá dificuldades para se aguentar muito tempo sozinha e que vai ser obrigada a vender activos para ficar com poder de fogo suficiente para consolidar a sua operação.

 

"Falta de liderança, um activo móvel estrategicamente mais fraco e uma dívida significativa colocam a Oi numa posição muito fraca", analisa. O HSBC sublinha a "venda de activos pode ser uma das ferramentas que a Oi tem ao seu dispor para resolver alguns destes problemas; a combinação com a Tim pode ser outra alternativa, aponta o banco.

 

A semana passada foi decisiva para o futuro da Oi e da PT Portugal. Zeinal Bava bateu com a porta da operadora brasileira - pressionado pela dívida da Rioforte. Como resultado, a cotação da PT caiu mais de 20%, influenciada pelo desempenho negativo da Oi na bolsa de São Paulo.

 

A Portugal Telecom vale agora menos de metade do que valia em bolsa no início deste ano. Ao mesmo tempo, surgiram vários interessados na compra da PT Portugal, como o fundo Altice e o fundo Springwater, como avança o Negócios. 

 

A Portugal Telecom está a cair 1,79% para 1,37 euros na bolsa de Lisboa na sessão desta segunda-feira.

 

(Notícia actualizada às 15h02 com mais informações).

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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