Notícia
Há mais dois advogados de Braga na lista de arguidos da "Operação Picoas"
Justiça suspeita que advogados Ricardo Sobral e Duarte Loureiro tenham, entre outros, ajudado a montar estruturas societárias destinadas a contratar com a Altice.
26 de Julho de 2023 às 11:17
A lista de arguidos da "Operação Picoas" tem mais dois nomes: os advogados bracarenses Ricardo Sobral e Duarte Loureiro. A notícia é esta quarta-feira avançada pelo jornal Público, que diz que os investigadores acreditam que Hernâni Antunes, um dos principais alvos da investigação, terá recorrido a estes advogados para montar estruturas societárias destinadas a contratar com a Altice, assim como a atribuir vantagens indevidas a responsáveis da operadora e a produzir alegados contratos destinados a receber comissões com base em fornecimentos realizados por entidades terceiras à Altice.
Duarte Loureiro surgia no papel de sócio ou de administrado de várias empresas controladas por Vaz Antunes, braço direito do co-fundador da Altice Armando Pereira. A Loureiro, segundo o jornal, cabia a redação de pretensos contratos destinados a justificar o recebimento de comissões exigidas a outros fornecedores da Altice. O mesmo se aplica a Ricardo Sobral, que estará indiciado de ter prestado colaboração a Vaz Antunes na constituição e utilização em Portugal de determinadas entidades para adquirir imóveis no Algarve.
A "Operação Picoas" está a investigar um alegado esquema financeiro em torno de negócios relacionados com a Altice, sendo Armando Pereira e Hernâni Vaz Antunes os dois principais arguidos do caso. O juiz Carlos Alexandre aplicou a ambos a medida de coação de prisão domiciliária e mandou retirar o helicóptero a Pereira. Já os arguidos Jéssica Antunes (filha de Vaz) e Álvaro Gil Loureiro, que estavam também detidos, saíram em liberdade, com cauções até 500 mil euros.
Armando Pereira está indiciado de 11 crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento e falsificação de capitais. Já Hernâni Antunes é suspeito de mais de 20 crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.
Duarte Loureiro surgia no papel de sócio ou de administrado de várias empresas controladas por Vaz Antunes, braço direito do co-fundador da Altice Armando Pereira. A Loureiro, segundo o jornal, cabia a redação de pretensos contratos destinados a justificar o recebimento de comissões exigidas a outros fornecedores da Altice. O mesmo se aplica a Ricardo Sobral, que estará indiciado de ter prestado colaboração a Vaz Antunes na constituição e utilização em Portugal de determinadas entidades para adquirir imóveis no Algarve.
Armando Pereira está indiciado de 11 crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento e falsificação de capitais. Já Hernâni Antunes é suspeito de mais de 20 crimes de corrupção ativa, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada.