Pires de Lima recordou que, no processo de privatização dos CTT, “foi deixada em aberto a possibilidade deste processo ser feito ou por ajuste directo baseado num concurso de várias empresas ou por uma oferta pública de venda. As duas estiveram em cima da mesa até ao conselho de ministros desta semana”.

“A decisão foi avançar para uma OPV que, temos indicadores, se realizará ainda este ano, concretamente até ao final da primeira semana de Dezembro”, acrescentou o governante.

Para o ministro da Economia, “não há forma mais transparente do que alienar uma empresa onde o Estado manterá 30% do capital, pelo menos numa primeira fase, em OPV em bolsa”, acrescentando: “creio que este processo tem sido conduzido com grande transparência, privilegiando aquilo que é a melhor oferta e é também isso que vai acontecer”.

O Governo pretende que esta operação seja um “sinal muito importante de confiança na nossa economia. É um sinal muito importante ao nível do mercado  de capitais”.

“Reconheço que é um caminho ousado, que comporta alguns riscos, mas vai permitir a todas as empresas famílias e particulares participar nesta privatização”, acrescentou o responsável.

Pires de Lima recordou as privatizações já concluídas, como a EDP, REN e ANA, onde “o Estado conseguiu arrecadar receitas de 6 mil milhões de euros quando aquilo que estava previsto em todo o memorando de entendimento para todo o perímetro de empresas a privatizar, incluindo algumas que ainda não foram como a TAP, os CTT as Águas de Portugal, apontava para um objectivo de 5 mil milhões de euros”.