Notícia
Governo francês fechou porta a consolidação nas telecom proposta pela Altice
Segundo a Bloomberg, Patrick Drahi esteve reunido com um conselheiro de topo do presidente Macron para defender a consolidação no sector. O poder político torceu o nariz ao cenário, semanas antes de a Altice perder em bolsa quase metade do seu valor, perante preocupações com a elevada dívida e previsões de lucro decepcionantes.
17 de Novembro de 2017 às 17:43
As autoridades francesas terão recusado um cenário de consolidação no mercado das telecomunicações, um dos temas que terão sido propostos há cerca de um mês pelo fundador da Altice, Patrick Drahi, ao círculo de conselheiros próximos do presidente francês.
Segundo a Bloomberg, Drahi ter-se-á reunido com um conselheiro de topo de Emmanuel Macron, numa tentativa de encontrar um cenário de operações mais favorável à unidade francesa da Altice, a SFR. Terá saído de mãos a abanar, de acordo com fontes não identificadas.
Além da oposição de políticos e reguladores gauleses ao cenário de fusões e aquisições - para o qual a Altice estará a ser sondada por concorrentes -, a recuperação do mercado também tornou esta opção menos apetecível para os concorrentes da Altice, pelo que a possibilidade ficou pelo caminho. Ainda assim, responsáveis da Altice terão continuado a tentar convencer os reguladores.
Poucas semanas depois do encontro reportado, as acções do grupo enfrentaram um turbilhão em bolsa, depois de previsões de lucro decepcionantes, que levou os títulos da empresa a perderem quase metade do seu valor em poucos dias, acentuando ainda a preocupação com a elevada alavancagem da empresa, com dívidas de 49.600 milhões de euros.
A Bloomberg refere que, apesar de esta semana o cenário de venda de activos ter sido colocado em cima da mesa, esta possibilidade não deverá avançar nem para o caso da francesa SFR (a oposição francesa está relacionada com o impacto nos empregos e nos preços) nem para a Meo, detida em Portugal. O mesmo não deverá acontecer com as torres telefónicas e com outros activos considerados não essenciais e que podem ser colocados na lista de vendas.
Pelas contas dos analistas da RBC, entre os quais Jonathan Dann, em conjunto as torres de comunicações em França e Portugal valem 3.000 a 4.000 milhões de euros, sendo as torres francesas as mais atractivas dada a procura por operadores como a Iliad e a vontade da American Tower, Cellnex e TDF de expandirem a suas actuais posições no país.
Mas mesmo estas vendas deverão ser curtas para resolver o problema de elevado endividamento da Altice. Saeed Baradar, analista da Louis Capital Markets, defende que a Altice terá de baixar a dívida do seu actual patamar (5,1 vezes o EBITDA) para quatro vezes este indicador, com medidas avaliadas em 12 mil milhões de euros.
Segundo a Bloomberg, Drahi ter-se-á reunido com um conselheiro de topo de Emmanuel Macron, numa tentativa de encontrar um cenário de operações mais favorável à unidade francesa da Altice, a SFR. Terá saído de mãos a abanar, de acordo com fontes não identificadas.
Poucas semanas depois do encontro reportado, as acções do grupo enfrentaram um turbilhão em bolsa, depois de previsões de lucro decepcionantes, que levou os títulos da empresa a perderem quase metade do seu valor em poucos dias, acentuando ainda a preocupação com a elevada alavancagem da empresa, com dívidas de 49.600 milhões de euros.
A Bloomberg refere que, apesar de esta semana o cenário de venda de activos ter sido colocado em cima da mesa, esta possibilidade não deverá avançar nem para o caso da francesa SFR (a oposição francesa está relacionada com o impacto nos empregos e nos preços) nem para a Meo, detida em Portugal. O mesmo não deverá acontecer com as torres telefónicas e com outros activos considerados não essenciais e que podem ser colocados na lista de vendas.
Pelas contas dos analistas da RBC, entre os quais Jonathan Dann, em conjunto as torres de comunicações em França e Portugal valem 3.000 a 4.000 milhões de euros, sendo as torres francesas as mais atractivas dada a procura por operadores como a Iliad e a vontade da American Tower, Cellnex e TDF de expandirem a suas actuais posições no país.
Mas mesmo estas vendas deverão ser curtas para resolver o problema de elevado endividamento da Altice. Saeed Baradar, analista da Louis Capital Markets, defende que a Altice terá de baixar a dívida do seu actual patamar (5,1 vezes o EBITDA) para quatro vezes este indicador, com medidas avaliadas em 12 mil milhões de euros.