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EUA terão dado luz verde à Huawei para comprar “chips” para automóveis

As autoridades norte-americanas terão aprovado uma licença para a chinesa Huawei adquirir “chips”, que estarão destinados à área automóvel.

10.º Huawei: 65,08 mil milhões de dólares
Hannibal Hanschke/Reuters
25 de Agosto de 2021 às 12:09
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Os Estados Unidos terão dado luz verde aos pedidos de licença para que a tecnológica chinesa Huawei possa adquirir "chips" para a indústria automóvel. A informação é avançada esta quarta-feira pela Reuters, que cita fontes próximas do tema.

Segundo estas fontes, os Estados Unidos terão aprovado a licença que permite a fornecedores venderem "chips" à companhia, que estarão destinados à indústria automóvel. Esta autorização acontece num momento em que a Huawei continua na "lista negra" do Departamento de Comércio dos EUA, onde figura desde 2019.

As restrições foram impostas ainda durante a administração de Donald Trump, obrigando a uma licença específica para que a Huawei possa adquirir componentes. Ao longo do tempo, estas restrições tiveram consequências no negócio da fabricantes chinesa, nomeadamente na área dos smartphones.

Mas, segundo a Reuters, o facto de os componentes para automóveis não serem vistos pelos EUA como avançados terá reduzido os critérios para a concessão desta autorização. À agência noticiosa, uma das fontes refere que o Governo norte-americano está a conceder autorizações para "chips" usados em veículos que poderão ter conectividade 5G. Durante a administração Trump, os receios sobre a infraestrutura 5G fornecida pela empresa foram um dos pontos mais referidos na retórica do ex-presidente dos EUA.

À Reuters, uma porta-voz da Huawei não comentou o tema das licenças, mas frisou que a companhia "está a posicionar-se como uma fornecedora de componentes para veículos conectados, com o objetivo de auxiliar os fabricantes de carros a criar veículos melhores".

A Huawei apresentou a maior queda de receitas no primeiro semestre de 2021, com a área de smartphones a registar a maior quebra homóloga. Devido às restrições, a empresa já não utiliza o sistema operativo Android nos seus smartphones e outros serviços da Google, uma vez que a tecnológica é uma empresa norte-americana.

Em várias ocasiões, o "chairman" da Huawei, Eric Xu, frisou que a empresa está focada "na sobrevivência", apesar das restrições dos EUA. A empresa tem vindo a apostar na área automóvel, com o objetivo de obter uma nova fonte de receitas.
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