Segundo a Bloomberg, a discordância relativa à proposta de aumento de capital e à estratégia de crescimento para o Brasil ditaram a saída do gestor. O principal accionista da cotada é a Telefónica, que detém 22,4% da Telecom Italia.

Bernabé liderou a operadora durante os últimos cinco anos, em que a operadora perdeu 70% do seu valor de mercado, e não conseguiu reduzir o endividamento nem inverter as tendências de deterioração do negócio em Itália.

Para os analistas do Bernstein, o trabalho do executivo foi “impossível de executar tendo em conta a estranha estrutura de ‘governance’” da empresa. “Na nossa perspectiva, um dono estrangeiro irá, ser mais responsabilizado do que outros investidores italianos” pelos resultados a Telecom Itália, refere o banco.

Já o analista do Sabadell, Andres Bolumburu, nota que Bernabé “tomou conta de uma empresa com um grande fardo de endividamento e uma quebra do negócio em Itália e está agora a abandonar uma empresa que tem os mesmo problemas”.