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CEO da Vodafone Portugal: "objetivo deste ataque foi claramente tornar indisponível a nossa rede"

A Vodafone Portugal anunciou na manhã desta terça-feira que foi alvo de um ataque informático. A empresa indica que está a "refazer tudo aquilo que foi desfeito", mas nota que é um trabalho "moroso".

Sérgio Lemos
08 de Fevereiro de 2022 às 12:08
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Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal, indica que o ciberataque de que a operadora foi alvo teve como objeto claro "tornar indisponível" a rede da empresa. A Vodafone Portugal foi alvo de um cibertaque, com as primeiras consequências deste ataque a serem sentidas desde as 21 horas desta segunda-feira. 

"Detetámos que a mesma [indisponibilidade] tinha origem num ato terrorista e criminoso na nossa rede", indica Mário Vaz. 

O CEO da operadora pede "desculpa aos clientes" pelos transtornos que estão a ser causados pela indisponibilidade do serviço. Este ataque à rede da operadora está a ter consequências nos serviços dos clientes do segmento de consumo e também nos clientes empresariais. 

A operadora indica que foi confrontada por volta das 21 horas com a "interrupção abrupta da quase totalidade dos nossos serviços", incluindo a "total indisponibilidade do serviço de apoio ao cliente". O serviço de roaming também foi afetado. "Colocámos em ação o nosso gabinete de crise para tentar recuperar o máximo de serviços possíveis, em particular o serviço de voz". 

O serviço de voz foi o primeiro a ser recuperado e a segunda prioridade passou pela recuperação do serviço de dados móveis. A rede móvel 3G terá sido recuperada ainda durante a noite. O serviço de SMS foi recuperado esta manhã, assim como "de forma expressiva o serviço de televisão", ao longo da manhã. 

"Hoje durante a tarde iremos recuperar os serviços de dados móveis sobre a rede 4G", avança Mário Vaz, em conferência de imprensa esta terça-feira, a propósito deste ciberataque. A empresa indica que os trabalhos para recuperar os serviços estão a decorrer desde a madrugada. "Estamos a refazer tudo aquilo que foi desfeito", indica o líder da Vodafone Portugal, mas nota que é um trabalho "moroso" para a recuperação dos serviços. 

"Foi um ataque dirigido à rede", frisa Mário Vaz, reforçando a ideia já veiculada no comunicado da empresa desta manhã, de que não há indícios de que este ataque tenha comprometido dados de clientes. "A natureza do próprio ataque identifica a resposta", indica Mário Vaz, quando questionado sobre se foi exigido algum tipo de resgate. 

A Vodafone Portugal afirma que está a colaborar com a Polícia Judiciária para apurar mais sobre este ataque, mas não comenta mais sobre o 'modus operandi' deste ataque. 

O líder da operadora indica que, neste momento, a prioridade passa pela recuperação do serviço. A indisponibilidade do serviço está a afetar clientes da operadora, como o INEM. Mário Vaz contextualiza que a empresa "continua a trabalhar de forma muito próxima com a equipa do INEM", a disponibilizar serviços alternativos. Mas "não é o ideal", reconhece. 

Também a SIBS, a dona da rede Multibanco, é cliente da Vodafone, já que a rede ATM é suportada pela rede da operadora. Mário Vaz explica que, no caso dos ATM ligados através da rede móvel da empresa, o serviço foi reposto assim que foram ligados os dados em 3G.
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