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CEO da Nos destaca prémio do país no 5G e deixa farpa ao regulador
Miguel Almeida sublinha que Portugal partiu quase em último lugar, por exclusiva responsabilidade do regulador, recebendo agora uma distinção pela melhor rede na Europa.
"Lisboa tem a melhor rede 5G da Europa, segundo uma análise da MedUX, cujos resultados foram conhecidos no Mobile World Congress, em Barcelona. Para um país que partiu quase em último lugar, por exclusiva responsabilidade do regulador, este reconhecimento tem um significado especial porque é o reflexo do investimento e da enorme capacidade de execução dos operadores", escreveu Miguel Almeida na rede social Linkedin.
Miguel Almeida sublinhou o investimento feito pelas operadoras de telecomunicações em Portugal, "apesar da campanha levada a cabo pela Anacom para denegrir as empresas", destacando que "é um enorme orgulho ver reconhecida a qualidade do trabalho".
"Uma cidade maior não significa necessariamente que tem a melhor rede 5G ou a melhor qualidade de experiência. Londres e Roma estão entre as cidades piores. O diabo está nos detalhes uma vez que nenhuma rede 5G é criada da mesma forma. A velocidade não é tudo e a indústria está a tentar adaptar-se para ir ao encontro das necessidades dos clientes quando estão a usar os seus serviços no dia a dia", sublinha Rafael González, diretor de marketing da MedUX.
O relatório da plataforma, que monitoriza mais de 80 operadores em todo o mundo, destaca Lisboa como vencedora na categoria de melhor qualidade de experiência. Por sua vez, Berlim tem a rede mais consistente em termos de performance, seguida de perto por Barcelona, e Paris vence na segunda categoria mais importante - a fiabilidade.
Leilão do 5G recheado de críticas
O leilão para a atribuição do 5G terminou a 27 de outubro, ao fim de quase 10 meses de licitações, e permitiu ao Estado encaixar 566,8 milhões de euros.
De acordo com os números divulgados então pela Anacom, a Nos foi a operadora que investiu mais dinheiro no leilão (165 milhões), seguindo-se a Vodafone com 133 milhões, a Meo com 125,2 milhões, a Nowo com 70 milhões, a DixaRobil (ligada à Digi) com 67,3 milhões e a Dense Air com 5,7 milhões.
A forma como foi montado o leilão conduziu a muito baixas licitações pelo espetro, nos leilões diários, o que acabou por determinar um alongamento no tempo do processo de atribuição de faixas. As operadoras contestaram o modelo e até o primeiro-ministro chegou a questionar a demora no procedimento.