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Altice assinala na Covilhã abertura do 13.º call center no país
A operadora vai inaugurar a 24 de Abril o 13.º centro de atendimento telefónico em Portugal, em parceria com a Randstad. Até ao final de 2018 vai empregar ali 120 pessoas e pagar uma média de 750 euros por mês.
A Altice Portugal vai inaugurar na próxima terça-feira, 24 de Abril, um centro de contacto ("call center") na Covilhã, prevendo a criação de 120 postos de trabalho até ao final deste ano. Este é o 13.º serviço deste género aberto no país pela operadora de telecomunicações de origem francesa que comprou a PT.
A nova infra-estrutura localizada no Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkubis) começou a operar a 12 de Fevereiro, como informou a 25 de Janeiro o grupo liderado por Alexandre Fonseca. A inauguração formal vai ser assim assinalada dois meses depois do início das operações.
O arranque desta operação na cidade do distrito de Castelo Branco, onde a dona da Meo já tem um "data center" (centro de dados) que é um dos dez maiores do mundo, representou um investimento municipal de cerca de cem mil euros. Segundo os cálculos feitos à Lusa pelo autarca, Vítor Pereira, "estima-se que, entre ordenados-base e prémios de produção, a média salarial ronde os 750 euros" naquele centro de apoio telefónico.
Vieira do Minho, Castelo Branco, Lamego, Amarante, Guarda, Viana do Castelo, Fafe, Oliveira do Hospital, Penafiel, Viseu e Macedo de Cavaleiros são outras localizações dos "call centers" da Altice em que trabalham um total de cerca de 1.500 pessoas. A maioria são mulheres, 80% estavam antes em situação de desemprego (e mais de metade delas de longa duração) e quase um terço são licenciadas.
"A localização destes centros de contacto são uma opção estratégica da Altice, sendo instalados em zonas de baixa densidade populacional para procurar dar resposta à preocupação da desertificação", referiu Alexandre Fonseca, citado na nota de imprensa divulgada no início de 2018, em que repetia também a ambição de criar até quatro mil empregos nos "call centers" portugueses.
Essa já era, aliás, a meta fixada pela Altice no início do plano a três anos, iniciado em Maio de 2015. Num balanço feito ao Negócios quando estava cumprido metade desse prazo e abertos 12 escritórios, o presidente da Randstad Portugal frisou que na segunda parte do projecto o foco estaria em "encontrar e formar mais pessoas para preencher na totalidade os postos operacionais" já criados nessas infra-estruturas e que ainda tinham "capacidade de expansão".
José Miguel Leonardo, líder da subsidiária desta multinacional de origem holandesa que entrou em Portugal em 2008 com a aquisição da Select Vedior, elogiou "a capacidade que o país tem de fazer coisas que alguns menosprezam, mas que são fantásticas" e defendeu estes investimentos. "Tende-se a banalizar a importância dos ‘call centers’, mas um mau serviço – pode ser o tom de voz ou a incapacidade de resolver o problema – pode fazer perder um cliente", completou o gestor.
Título e notícia corrigidos às 19:01 horas. O call center da Covilhã já está em funcionamento há dois meses; a convocatória enviada pela Randstad às redacções diz apenas respeito à cerimónia formal de abertura.