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Altice USA regista lucro anual e queda das receitas é menor do que em 2022

No quarto trimestre, a empresa teve perdas de 117,8 milhões de dólares, mas no conjunto do ano conseguiu lucros.

Miguel Baltazar/Negócios
Carla Pedro cpedro@negocios.pt 14 de Fevereiro de 2024 às 21:55

A Altice USA, que agrega as operações do grupo de telecomunicações Altice no mercado norte-americano, registou receitas de 9,24 mil milhões de dólares em 2023, o que correspondeu a uma queda de 4,3% face ao ano precedente. Só no quarto trimestre, a faturação ascendeu a 2,3 mil milhões, menos 2,9% face ao período entre outubro e dezembro de 2022.

 

Apesar da quebra, a Altice USA sublinha que houve uma "marcada melhoria nas perdas de receitas em termos anuais". Isto porque no quarto trimestre de 2022 o recuo tinha sido de 6%, em termos homólogos, e de 4,4% no conjunto do ano (por comparação com 2021).

 

Já o resultado líquido atribuível aos acionistas da Altice USA foi díspar. No quarto trimestre, a empresa teve perdas de 117,8 milhões de dólares, ao passo que no conjunto do ano teve um lucro de 53,2 milhões.

 

Por seu lado, a dívida líquida ascendeu a 24,8 mil milhões de dólares.


O grupo de telecomunicações Altice tem estado a braços com uma investigação judicial, a Operação Picoas, que revelou um alegado esquema financeiro em torno da Altice, detentora da antiga PT, que terá lesado o Estado e o grupo empresarial em centenas de milhões de euros.

 

Neste âmbito, Alexandre Fonseca demitiu-se no arranque deste ano, terminando assim o seu percurso no grupo que detém a dona da Meo, após mais de dez anos na empresa. Após quatro anos como CEO da Altice Portugal, Fonseca tinha sido promovido a co-CEO do grupo, em abril de 2022.

A Operação Picoas – que suspeita de uma "viciação do processo decisório do grupo Altice, em sede de contratação, com práticas lesivas das próprias empresas daquele grupo e da concorrência" que apontam para corrupção privada na forma ativa e passiva – levou-o logo a suspender funções em meados de julho de 2023 (apesar de até à data não ter sido constituído arguido na operação), de forma a "proteger os interesses do grupo e todas as suas marcas".

Os principais suspeitos no caso são Armando Pereira, que, juntamente com Patrick Drahi, fundou o grupo, e Hernâni Vaz Antunes, amigo de longa data de Pereira – e os factos terão ocorrido durante o mandato de Alexandre Fonseca.

 

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