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Altice ao ataque: Concorrência levou ao fim do negócio

A Altice acusa a Autoridade da Concorrência de ter atrasado o processo e de não ter aceitado os remédios propostos, que a empresa diz terem sido extensos. Pede para se reflectir sobre os prejuízos causados.

Lusa
Alexandra Machado amachado@negocios.pt 18 de Junho de 2018 às 10:24
A Altice Portugal, num esclarecimento à comunicação social, parte para o ataque à Autoridade da Concorrência. O tempo que demorou e o que a Altice diz a não aceitação de forma injustificada dos remédios propostos são os pontos de crítica à entidade liderada por Margarida Matos Rosa.

"Espera-se e até se torna imperioso que todos reflictam sobre as consequências causadas aos investidores, quer nacionais quer estrangeiros, à criação e sustentabilidade de emprego, à criação de valor e por último à economia nacional, dado o excessivo arrastar de tempo deste processo, com as autoridades a indiciar decisões insuficientemente justificadas sem qualquer tipo de paralelo ou referência internacionais e em contra-ciclo com as actuais tendências nos sectores envolvidos", lê-se no comunicado divulgado pela Altice Portugal.

A Altice Portugal explica que em Abril as partes aceitaram estender a data limite do negócio por considerarem que estavam "reunidas todas as condições da perspectiva das partes, nomeadamente convicção e capacidade financeira, para que o mesmo se concluísse com sucesso". Nessa altura, as partes acreditavam ser dois meses – 15 de Junho – o prazo suficiente para haver uma decisão da AdC até porque em seu entender os compromissos que propos "proativamente preparados" estavam "em conformidade com a prática decisória europeia relativamente ao sector", pelo que havia a confiança de que o processo seria aprovado. "Não antecipando a completa falta de abertura para discutir soluções neste âmbito e manifesta ausência de respostas dessa Autoridade".
É por isso que, "apesar de ter desenvolvido os melhores esforços nesse sentido", a Altice diz lamentar que "os reguladores não tenham emitido as decisões necessárias à concretização da transacção em tempo útil".

A Altice continua a afirmar que os compromissos que propos eram suficientes, pelo que "se perdeu uma oportunidade crucial para dinamizar o sector das telecomunicações e dos media em Portugal, bem como para a criação de valor neste sector, resistindo-se, injustificadamente, e em prejuízo da atractividade da oferta no mercado nacional, à tendência global para a consolidação entre telecomunicações, media, conteúdos e publicidade digital", lembrando que nos Estados Unidos foi aprovada a fusão entre AT&T e Time Warner.

Não revela o que irá fazer de seguida, mas conclui a declaração dizendo que "reafirma a sua aposta em Portugal, principalmente no mercado das telecomunicações, onde continuará o seu investimento em tecnologia e inovação".


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