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5G: Vodafone Portugal pode vir a ser a "lata da coroa" do Grupo
Depois da Vodafone Portugal ter sido apontada como a “joia da coroa”, com as regras do 5G impostas aos operadores Mário Vaz teme que se transforme na “lata da coroa” do Grupo.
A Vodafone Portugal ainda não tomou uma decisão sobre se vai entrar na corrida ao 5G ou não. Esta decisão terá que ser tomada pela casa mãe e, até ao momento, não houve indicação nesse sentido, disse Mário Vaz, CEO da subsidiária portuguesa em entrevista ao Negócios e à Antena1 no programa Conversa Capital.
Porém, avançando ou não para os leilões, o responsável garante que "necessariamente" vai ter de olhar para o mercado de outra forma e repensar alguns investimentos. Algo que "não se pode chamar chantagem, é a realidade do mundo dos negócios", disse em alusão às críticas do presidente da Anacom, Cadete de Matos, sobre as declarações da CEO do Grupo para a Europa relativamente à possibilidade de repensar o investimento no centro de competências que ia ser construído em Portugal e empregar 400 pessoas.
Na entrevista, Mário Vaz explica os mortivos pelos quais diz não ter dúvidas de que o regulamento para o 5G está ferido de ilegalidades, configurando até "auxilios de Estado".
E garante que essa posição "não tem nada a ver com medo dos novos concorrentes, é uma questão de desequilíbrio". "Não tenho medo de novos concorrentes. Eu fui o primeiro concorrente em 1997 [com a entrada da Telecel] e sofri concorrência quando a Optimus entrou no mercado e em 2012 com a concorrência da convergência. Eu nem oferta tinha para responder à concorrência. Não é ter medo dos concorrentes, é querer ter as mesmas condições".