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Mário Vaz acusa Anacom de ter "discurso populista" para denegrir setor
Em entrevista ao Negócios e à Antena 1 no programa Conversa Capital, Mário Vaz acusa a Anacom de ter um discurso populista e questiona a necessidade de existir um regulador para o setor com as atuais características.
"Ando cá há 28 anos neste setor, fui dos primeiros a estar no momento em que chegou a concorrência ao mercado". Alías, "nós fomos os primeiros concorrentes nas telecomunicações, enquanto Telecel", relembrou o presidente executivo da Vodafone Portugal em entrevista ao Negócios e à Antena1 no programa Conversa Capital.
"Se nós fossemos da mesma forma populistas e tivéssemos o objetivo de denegrir a Anacom - se este fosse o nosso propósito como parece ser o do regulador relativamente aos operadores - estaria hoje aqui a dizer que a Anacom para 2020 prevê receitas de 97 milhões de euros e tem um orçamento para gastos de 69 milhões de euros. E estaria a perguntar aos portugueses: o que faz com 69 milhões de euros este regulador? Deve fazer coisas importantíssimas para o país, para despender 69 milhões de euros", referiu.
Na entrevista ao programa Conversa Capital, Mário Vaz questiona se não valeria a pena debater a necessidade da existência de uma entidade reguladora para o setor, pelo menos nos moldes atuais. E voltanto ao tema do "discurso populista" do presidente da Anacom, Cadete de Matos, dá como exemplo a famosa guerra sobre os preços das telecomunicações em Portugal.
"Tenho a sensação que é uma causa perdida, porque se usa um discurso muito populista à volta deste tema" e "é muito difícil comparar preços de telecomunicações", sustentou, explicando que tem de se olhar para vários itens, como "a velocidade, tipo de tecnologia que está associada, conteúdos, que flexibilidade é dada ao cliente, o que estão realmente a oferecer e comparar o poder de compra dos países. Indexar isto tudo é complexo".