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BESI: Alterações na OPA à PT podem não ser suficientes para Oi aceitar proposta

Uma das razões para a OPA não passar é a vontade da Oi vender a PT Portugal para ter dinheiro para avançar para a consolidação no mercado brasileiro de telecomunicações.

17 de Novembro de 2014 às 09:31
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Isabel dos Santos recuou nas suas condições para comprar a Portugal Telecom. A empresária anunciou esta segunda-feira, 17 de Novembro, que prescinde de algumas das condições do lançamento da OPA, ao mesmo tempo que reformulou outras. Já a contrapartida permanece inalterada, isto é, em 1,35 euros por acção, um total de 1,2 mil milhões de euros.

 

Para os analistas do BESI, a alteração dos termos da oferta pública de aquisição (OPA) pode não vir a ser suficiente para a Oi aceitar a proposta. "Não temos a certeza se estas alterações vão ser suficientes para a Oi aceitar estes novos termos e aprovar a oferta", escrevem os analistas.

 

Uma das razões para esta possível recusa é a venda da PT Portugal pela Oi, o "que será essencial para a desalavancagem da Oi e eventual participação na consolidação no Brasil", o que passa pela venda de um activo estratégico, neste caso, a dona da Meo.

 

Os analistas também olham para as alterações da proposta de Isabel dos Santos e deixam algumas ressalvas. "Notamos que algumas das condições foram mantidas, mas somente com uma abordagem diferente ou, em alguns casos, mantida totalmente, nomeadamente a impossibilidade da Oi dispor de activos estratégicos", escrevem Nuno Matias e Miguel Borrega.

 

A empresária – accionista do BPI e da Nos – alterou o ponto sobre a conclusão da fusão entre a Oi e PT SGPS. Isabel dos Santos quer que o acordo entre a PT e a Oi seja adiado até 15 dias depois de concluída a oferta. No anúncio preliminar pedia 30 dias.

 

A responsável eliminou o ponto que pretendia eliminar a limitação dos direitos de voto da PT SGPS na empresa que nascer da fusão – a CorpCo. A PT vai ficar assim com uma limitação de direitos de votos de 7,5% na nova companhia, apesar de deter 25,6% do seu capital.

 

A PT SGPS está hoje a ganhar 0,79% para 1,406 euros na bolsa de Lisboa, um valor 4,15% acima da oferta de Isabel dos Santos.

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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