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Twitter suprime 70 mil contas de movimento conspiracionista pro-Trump

O Twitter anunciou na segunda-feira que suspendeu "de forma permanente" 70 mil contas ligadas ao movimento conspiracionista 'QAnon', composto por muitos apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump, para impedir atos violentos, como a invasão do Capitólio.

Donald Trump autoproclamou-se vencedor na noite eleitoral e durante o dia seguinte foi escrevendo tweets questionando a contagem de votos.
Chris Kleponis/EPA
12 de Janeiro de 2021 às 08:46
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A rede social iniciou na sexta-feira uma purga de contas consideradas perigosas, com o bloqueio definitivo da conta de Trump, acusado de incitar os seus apoiantes a perturbar uma sessão conjunta do Congresso para certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de 03 de novembro.

 

Considerado de extrema-direita, o movimento 'QAnon' alimenta um conjunto de teorias da conspiração, incluindo a de que Trump combate secretamente uma seita mundial composta por pedófilos satânicos.

 

"Estas contas partilhavam conteúdos perigosos, associados [ao movimento] QAnon, em grande escala", sendo "essencialmente consagrados à propagação de teorias da conspiração", explicou o Twitter em comunicado.

 

O número de contas é elevado, já que muitos indíviduos tinham várias em seu nome.

A maioria das plataformas e redes sociais adotaram medidas sem precedentes depois de membros de grupos radicais e de extrema-direita terem invadido o edifício do parlamento dos Estados Unidos (Capitólio), na quarta-feira, instigados por Donald Trump.

 

Além do Twitter, também a plataforma digital Facebook e serviços como o Snapchat ou Twitch suspenderam o perfil do chefe de Estado norte-americano por um período indeterminado, alegando risco de violência durante a cerimónia de tomada de posse de Joe Biden, em 20 de janeiro.

 

A decisão foi criticada por vários dirigentes mundiais, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel, que considerou "problemático" o encerramento das contas do Presidente cessante dos Estados Unidos por decisão das empresas.

 

"É possível interferir na liberdade de expressão, mas segundo os limites definidos pelo legislador e não através da decisão de uma empresa", disse na segunda-feira o seu porta-voz.

O comissário europeu Thierry Breton também exprimiu "perplexidade" com a decisão "sem controlo legítimo e democrático".

 

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