O Facebook deu a algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo acesso aos dados dos utilizadores que garantiu proteger.

De acordo com uma investigação do New York Times, que teve acesso a documentos internos com "centenas de páginas" que mostram, segundo o jornal, que os dados pessoais se tornaram um dos bens mais valorizados da era digital.

O motor de pesquisa Bing, por exemplo, que pertence à Microsoft, teve acesso aos nomes de todos os amigos dos utilizadores sem o seu consentimento. A Netflix e a Spotify puderam ler as mensagens privadas dos utilizadores. A Amazon obteve o nome dos utilizadores e a informação de contacto através dos amigos e a Yahoo pode ver as publicações dos amigos.

Estas são algumas das 150 empresas que beneficiaram da troca de informação. A maioria são tecnológicas, incluindo retalhistas, mas também há fabricantes de automóveis ou organizações ligadas à comunicação social.

O jornal explica que a maioria destes procedimentos estavam activos em 2017 e que alguns ainda estarão. O Facebook tem 2,2 mil milhões de utilizadores.

Este é mais um caso polémico sobre o acesso a dados de utilizadores das redes sociais. Ainda esta semana, o Twitter revelou que deectou uma falha de segurança que afectou contas de utilizadores, tendo exposto informação a terceiros. Na sexta-feira, 14 de Dezembro, foi a vez do Facebook revelar que descobriu uma falha que afectou 6,8 milhões de utilizadores.