As sinergias de 800 milhões de euros são referentes aos custos, que a empresa, no projecto de fusão, tinha estimado entre 350 e 400 milhões de euros.

José Pedro Pereira da Costa, administrador financeiro, concretizou que a actualização das sinergias é "razoável e concretizável". E explicou onde seriam conseguidas as sinergias de custos e de investimento de 800 milhões de euros: 26% na rede, 24% nos sistemas de informação e tecnologias; 20% na migração dos clientes de MVNO fibra; 16% nas funções administrativas; 6% em conteúdos; 4% com os clientes e mais 4% nos canais empresariais e logística.

De forma anualizada, a poupança de custos deverá ser de 80 a 90 milhões de euros, com benefícios a partir de 2016. Em 2014 ainda haverá custos de reestruturação e da fusão. Mas a empresa admite que será libertado cash flow logo no primeiro ano.

Na margem EBITDA, que está nos 37,6%, o objectivo é aumentá-la entre 3 e 4 pontos percentuais até 2018.

Quanto aos investimentos, a Zon Optimus espera ter um nível de capex corrente nos 245 milhões de euros de forma anualizada, ainda que admita que em 2014 e 2015 tenha de acrescentar a esse valor mais 30-35% e em 2016 mais 10 a 15%. Isto porque quer fazer uma expansão selectiva da rede, mas também tem de investir em processos transformacionais e, por fim, admite o crescimento do capex ("capital expenditure") por via da aquisição de clientes.

A Zon Optimus quer manter o nível de endividamento balizado entre os 1,5 e duas vezes o EBITDA, o que permite "reforçar posição e acomodar potencial investimento na internacionalização". Este objectivo também guiará a remuneração accionista. A Zon Optimus promete "continuar a ter uma política de remuneração interessante", mas alinhada com este nível de endividamento e acompanhando o investimento, garantiu José Pedro Pereira da Costa, sem revelar valores para os dividendos. 

(Notícia actualização às 11h35 com mais informações e declarações do administrador financeiro da Zon Optimus, José Pedro Pereira da Costa)