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Uber oferece-se para co-financiar seguro de saúde a condutores no Reino Unido

A empresa que presta serviços de transporte através de uma plataforma electrónica ofereceu-se para pagar parte de um plano de saúde para os condutores que trabalham para a marca. E que estão em litígio com a empresa.

Pedro Catarino/Correio da Manhã
27 de Abril de 2017 às 13:46
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Envolvida num caso judicial - em que os motoristas que prestam serviço à plataforma electrónica tentam ser reconhecidos como funcionários da Uber -, a empresa norte-americana está agora a propor-se pagar benefícios de saúde àqueles condutores.


"Os condutores que fazem dinheiro através da Uber dizem que amam a liberdade de serem os seus próprios patrões e escolherem se, quando e para onde querem conduzir. Mas os motoristas também nos disseram que querem mais segurança se acontecer algo de inesperado,"afirmou esta quinta-feira, 27 de Abril, o director-geral da Uber para o Reino Unido, Jo Bertram, citado pela Reuters.


Assim, a empresa sediada em São Francisco, propõe-se fazer uma "contribuição significativa" para suportar os custos de situações de doença dos condutores, financiando um fundo gerido pela Associação de Profissionais Independentes. Assim que completem 500 viagens ao serviço da plataforma, os condutores poderão aderir ao sistema, pagando duas libras por semana (2,37 euros à cotação actual).


A Uber recorreu da decisão de um tribunal britânico que deliberou depois de uma queixa apresentada por dois motoristas que pediam para serem tratados como empregados da companhia, recebendo o salário mínimo e o subsídio de férias. Em Outubro, o tribunal decidiu que a empresa estava a actuar de forma ilegal ao tratar os motoristas como profissionais por conta própria, não lhes reconhecendo alguns direitos inerentes à prestação de trabalho.

Perante as acusações, a Uber insistia que entre os seus 40.000 condutores no Reino Unido, três quartos preferem ser trabalhadores por conta própria e decidir o seu horário de trabalho a ter acesso a subsídios inerentes ao estatuto de empregado. A empresa argumenta ainda que o único contrato existente é o que ocorre entre os condutores e os seus passageiros.

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