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Twitter proíbe agências de informação de aceder a serviço que pode detectar ataques terroristas
A rede social terá proibido o Governo norte-americano de aceder a um serviço que permite monitorizar todas as publicações, segundo o Wall Street Journal.
O braço-de-ferro entre as tecnológicas e as agências de informação norte-americanas continua. Depois da guerra entre a Apple e o FBI para desbloquear o iPhone de um terrorista, agora foi a vez do Twitter impedir as agências de informação dos Estados Unidos de aceder ao Dataminr, um serviço que pode detectar ataques terroristas.
A informação foi avançada pelo Wall Street Journal que cita fontes de agências federais norte-americanas. De acordo com essas fontes, a rede social de Jack Dorsey estava preocupada com a "óptica" da relação. O Twitter estaria preocupado por a relação parecer "muito amigável", num momento em que as relações entre a indústria de tecnologia e o Governo dos Estados Unidos azedaram no que toca a assuntos de privacidade.
Contactada pelo jornal, a plataforma comentou que os dados deste serviço, "são em grande parte públicos e que o Governo norte-americano pode aceder a perfis públicos por conta própria, como qualquer utilizador".
De acordo com o Business Insider, as agências de informação norte-americanas utilizavam este serviço para monitorizar ataques terroristas, como o de Bruxelas. Porém, de acordo com a informação avançada pelo WSJ, agora vão deixar de poder utilizar.
O Twitter explicou ainda ao WSJ que tem uma política de "restrição de terceiros ... de vender os seus dados a uma agência do governo para fins de vigilância". Porém, como sublinha o Business Insider, as agências norte-americanas conseguiram usar o Dataminr por dois anos antes da proibição ser decretada.