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Twitter proíbe agências de informação de aceder a serviço que pode detectar ataques terroristas

A rede social terá proibido o Governo norte-americano de aceder a um serviço que permite monitorizar todas as publicações, segundo o Wall Street Journal.

Bloomberg
09 de Maio de 2016 às 11:58
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O braço-de-ferro entre as tecnológicas e as agências de informação norte-americanas continua. Depois da guerra entre a Apple e o FBI para desbloquear o iPhone de um terrorista, agora foi a vez do Twitter impedir as agências de informação dos Estados Unidos de aceder ao Dataminr, um serviço que pode detectar ataques terroristas.

A informação foi avançada pelo Wall Street Journal que cita fontes de agências federais norte-americanas. De acordo com essas fontes, a rede social de Jack Dorsey estava preocupada com a "óptica" da relação. O Twitter estaria preocupado por a relação parecer "muito amigável", num momento em que as relações entre a indústria de tecnologia e o Governo dos Estados Unidos azedaram no que toca a assuntos de privacidade.

Contactada pelo jornal, a plataforma comentou que os dados deste serviço, "são em grande parte públicos e que o Governo norte-americano pode aceder a perfis públicos por conta própria, como qualquer utilizador".

O Dataminr, serviço onde o Twitter detém uma participação de 5%, consiste num software que permite monitorizar todas as publicações na plataforma social para depois sugerir publicações que os utilizadores estejam interessados. Ou seja, permite sinalizar eventos antes de serem noticiados pelos media, como por exemplo através de um "tweet" de um funcionário de uma empresa que está a preparar uma reestruturação ou uma fotografia de um sobrevivente de um ataque terrorista.

De acordo com o Business Insider, as agências de informação norte-americanas utilizavam este serviço para monitorizar ataques terroristas, como o de Bruxelas. Porém, de acordo com a informação avançada pelo WSJ, agora vão deixar de poder utilizar. 

O Twitter explicou ainda ao WSJ que tem uma política de "restrição de terceiros ... de vender os seus dados a uma agência do governo para fins de vigilância". Porém, como sublinha o Business Insider, as agências norte-americanas conseguiram usar o Dataminr por dois anos antes da proibição ser decretada.
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