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Facebook, Google e Whatsapp querem aumentar a segurança dos utilizadores
Depois da polémica entre a Apple e o FBI, as gigantes tecnológicas de Silicon Valley querem aumentar o nível de encriptação dos seus produtos para preservarem a privacidade dos seus utilizadores.
Facebook, Google, Whatsapp, Snapchat e Twitter estão a reunir esforços para proteger as informações dos seus utilizadores nos seus produtos, avança esta segunda-feira, 14 de Março, o jornal The Guardian.
Motivados pela polémica do iPhone de San Bernardino, as tecnológicas norte-americanas, como o Facebook, o Google, o Whatsapp, o Snapchat e o Twitter, querem aumentar a segurança dos seus produtos.
O jornal britânico escreve que este aumento da segurança por parte das empresas de tecnologia pode hostilizar as autoridades norte-americanas que estão no centro da polémica relativamente ao iPhone de San Bernardino.
Em Fevereiro, o Departamento de Justiça pediu para aceder ao iPhone de um dos autores do ataque terrorista de San Bernardino, na Califórnia, para que o FBI pudesse investigar o caso. A Apple recusou, por considerar que poderia abrir "um perigoso precedente".
Agora, as restantes empresas tecnológicas querem proteger-se. O serviço de mensagens instantâneas Whatsapp, propriedade do Facebook, vai aumentar a segurança da aplicação para que as chamadas de voz também sejam encriptadas. O Facebook também está a considerar codificar as mensagens da ferramenta Messenger.
Segundo o The Guardian, o serviço de partilha de mensagens momentâneas Snapchat está a desenvolver novos sistemas de encriptação das suas mensagens e a Google também quer proteger melhor o seu serviço de e-mail. Já os engenheiros do Twitter têm vindo a desenvolver sistemas de encriptação de dados. Depois da polémica entre a Apple e o FBI, este tipo de sistemas é visto como uma forte ferramenta de privacidade.
Na prática, esta é a primeira tomada de posição por parte das tecnológicas de Silicon Valley, que já tinham mostrado solidariedade para com Tim Cook, CEO da Apple. Google, Facebook, Snapchat, Amazon, Microsoft e Twitter assinaram um documento oficial onde apoiavam a marca da maçã nesta disputa com as autoridades norte-americanas.