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Trump equaciona colocar na lista negra maior fabricante de chips da China
A confirmar-se a decisão, a empresa chinesa pode ser impedida de receber componentes fabricados nos Estados Unidos.
As tensões entre os Estados Unidos e a China poderão escalar ainda mais, com a administração Trump a equacionar mais um capítulo na longa batalha contra a ascensão da segunda maior economia do mundo.
Segundo um porta-voz do Departamento da Defesa, a administração Trump está a estudar a hipótese de incluir na sua "lista negra" a maior fabricante chinesa de semicondutores, a Semiconductor Manufacturing International Corporation, o que significa na prática que a empresa pode ser impedida de receber componentes produzidos nos Estados Unidos.
Nesta altura, são alvo de restrições à exportação mais de 300 empresas chinesas.
"O Departamento da Defesa está a trabalhar atualmente na avaliação das informações disponíveis para determinar se as ações da SMIC justificam adicioná-los à Lista de Entidades do Departamento de Comércio", disse um porta-voz do Departamento da Defesa. "Tal ação garantiria que todas as exportações para a SMIC passariam por uma revisão mais abrangente".
A confirmar-se, a decisão representa mais um avanço nos esforços dos Estados Unidos para pressionar as tecnológicas chinesas, acusadas de fornecer informações críticas ao governo de Pequim.
Em comunicado, citado pela CNBC, a SMIC disse que estava "em completo choque e perplexidade com a notícia".
"Não temos nenhuma relação com os militares chineses", escreveu a SMIC, acrescentando que "quaisquer suposições sobre os laços da empresa com os militares chineses são declarações e acusações falsas".
O governo dos Estados Unidos anunciou recentemente que vai aumentar ainda mais as restrições à Huawei para impedir o acesso da empresa de telecomunicações a chips disponíveis comercialmente.
A administração Trump também emitiu ordens executivas no mês passado a proibir transações com a ByteDance.